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Netanyahu será primeiro líder estrangeiro a se reunir com Trump após posse

Encontro se dá em meio a declarações controversas do republicano sobre destino de Gaza e sob frágil cessar-fogo de Israel com o Hamas

Por Da Redação
29 jan 2025, 12h12

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, convidou o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, para visitá-lo na próxima semana, com uma reunião marcada para 4 de fevereiro, anunciou o gabinete do israelense nesta quarta-feira, 29. O encontro torna Netanyahu o primeiro líder estrangeiro a ser recebido pelo republicano desde sua posse, na semana passada.

O encontro se dá em meio ao frágil cessar-fogo entre Israel e o grupo militante palestino Hamas, que entra em sua segunda semana, e à libertação gradual de reféns israelenses mantidos em Gaza desde os ataques do Hamas em outubro de 2023, que mataram 1.200 israelenses. Israel respondeu com uma ofensiva total durante os 15 meses seguidos e autoridades da Saúde de Gaza afirmam que mais de 47.000 palestinos morreram — crianças e mulheres representam metade do número.

Embora Netanyahu seja alvo de um mandado de prisão do Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra e crimes contra a humanidade, os Estados Unidos não são parte do Estatuto de Roma, que fundou a corte, assim como Israel.

+ Trump sugere “limpar” Gaza e transferir palestinos para Jordânia e Egito

No sábado, Trump sugeriu que Jordânia e Egito recebessem palestinos da Faixa de Gaza como forma de “limpar tudo” após o acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas. A declaração foi feita durante um voo presidencial, depois de Trump se encontrar com o rei Abdullah, da Jordânia.

“É literalmente um local de demolição. Quase tudo foi destruído, e as pessoas estão morrendo lá. Prefiro colaborar com algumas nações árabes para construir moradias em outro lugar onde elas possam viver em paz, pelo menos por um tempo”, disse Trump. “Estamos falando de um milhão e meio de pessoas, e simplesmente limparíamos tudo aquilo”.

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A Jordânia e o Egito rejeitam a ideia, dizendo que Gaza é parte do território que os palestinos reivindicam para o futuro de seu Estado. A proposta também foi rejeitada por autoridades do Hamas, que reiteraram ser contra qualquer plano que exija o deslocamento permanente da população palestina.

Na segunda-feira, Israel autorizou que os palestinos retornem às suas casas no norte da Faixa de Gaza pela primeira vez desde o início da guerra. Uma parcela significativa da população de cerca de 2,3 milhões de pessoas em Gaza vive há mais de um ano em tendas em campos de refugiados, ou escolas transformadas em abrigos, e portanto está ansiosa para voltar a suas casas — mesmo com a possibilidade de que tenham sido danificadas ou destruídas.

O Hamas disse que o retorno foi “uma vitória para nosso povo e uma declaração de fracasso e derrota para a ocupação (israelense) e os planos de transferência”. Um oficial de segurança do enclave disse à AFP que “mais de 200.000 pessoas deslocadas retornaram para Gaza e as províncias do norte nas primeiras duas horas” da liberação de acesso. Além disso, o escritório de mídia do governo local disse que “mais de 5.500 funcionários públicos” participam da operação de retorno.

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No entanto, estima-se que os moradores da cidade de Gaza e de outras áreas no norte do enclave precisariam de 135.000 tendas e caravanas, devido à destruição de aproximadamente 90% de todos os edifícios na região.

Enquanto isso, a ameaça de novos combates e bombardeios não desapareceu. O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, alertou na segunda-feira que os militares continuariam a aplicar rigorosamente os termos do cessar-fogo.

“Qualquer um que quebre as regras ou ameace as forças (israelenses) pagará um preço alto”, escreveu ele no X, antigo Twitter. “Não permitiremos um retorno à realidade pré-7 de outubro”, completou.

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