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Netanyahu chega aos EUA para tentar alívio de tarifas e buscar apoio de Trump em Gaza

Líderes também devem debater 'luta contra o Tribunal Penal Internacional', segundo a Casa Branca

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 7 abr 2025, 09h57

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, desembarcou nesta segunda-feira, 7, em Washington, nos Estados Unidos, para o segundo encontro com o presidente americano, Donald Trump, desde a posse do republicano, em fevereiro.

Fortes aliados, os líderes debaterão o duro tarifaço anunciado por Trump na semana passada — os produtos israelenses foram taxados em 17% –, sanções ao Irã e a guerra em Gaza. Segundo um funcionário do Ministério das Finanças de Israel, ouvido pela agência de notícias AFP, a medida tarifária de Trump pode afetar as exportações israelenses de máquinas e equipamentos médicos.

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Israel já havia decidido, na terça-feira, 1º de abril, eliminar suas tarifas remanescentes sobre importações dos EUA. Os dois países assinaram um acordo de livre-comércio há 40 anos, e cerca de 98% dos produtos americanos já entram sem taxação.

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“Espero poder ajudar nessa questão. Essa é a intenção”, disse Netanyahu sobre as tarifas. “Sou o primeiro líder internacional, o primeiro líder estrangeiro, que se reunirá com o presidente Trump sobre a questão, que é tão importante para a economia israelense. “Há uma longa fila de líderes que querem fazer isso em relação às suas economias. Acho que isso reflete o vínculo pessoal especial, bem como os laços especiais entre os EUA e Israel, que são tão vitais neste momento”.

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Durante a primeira visita de Netanyahu à Casa Branca, Trump anunciou o polêmico desejo de que os EUA assumissem controle da Faixa de Gaza após o fim da guerra entre Israel e o grupo militante palestino Hamas, expulsando a população local, no que especialistas classificaram como um plano de possível limpeza étnica.

Em nota, a Casa Branca afirmou que, além das tarifas, os dois também debaterão “esforços para recuperar os reféns israelenses, as relações israelo-turcas, a ameaça iraniana e a luta contra o Tribunal Penal Internacional”.

A “a luta”, citada pelo comunicado, diz respeito ao mandado de prisão expedido pelo Tribunal Penal Internacional por crimes contra a humanidade. Na semana passada, em visita à Hungria, o premiê israelense elogiou  decisão de seu homólogo húngaro, Viktor Orbán, de deixar o status de membro da corte.

As nações signatárias do Estatuto de Roma, fundador do TPI, como era a Hungria, são teoricamente obrigadas a obedecer as ordens do tribunal. Em novembro, ao convidar o líder israelense a visitar a capital, Orbán já havia anunciado que não acataria a decisão.

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TPI x Netanyahu

Em uma declaração, o tribunal sediado em Haia, na Holanda, disse que encontrou “motivos razoáveis” para acreditar que Netanyahu tem responsabilidade criminal por crimes de guerra, incluindo “fome como método de guerra” e “assassinato, perseguição e outros atos desumanos”. Israel, por sua vez, alega que as operações em Gaza são respaldadas pelo direito a autodefesa, após o ataque do Hamas em 7 de outubro de 2023, e que as decisões do TPI têm raízes antissemitas. Oficiais do grupo terrorista palestino, alguns dos quais morreram no conflito, também são alvo de mandados.

“A Câmara considerou que há motivos razoáveis ​​para acreditar que ambos os indivíduos intencionalmente e conscientemente privaram a população civil em Gaza de objetos indispensáveis ​​à sua sobrevivência, incluindo comida, água, remédios e suprimentos médicos, bem como combustível e eletricidade”, escreveu o painel de três juízes da corte em sua decisão unânime.

O TPI conta com 125 membros e é uma corte permanente que pode processar indivíduos por crimes de guerra, crimes contra a humanidade, genocídio e agressão contra o território de Estados-membros. Os Estados Unidos, China, Rússia e Israel não são signatários do Estatuto de Roma, que rege o órgão. Desde que Orbán e seu partido ultranacionalista, o Fidesz, chegaram ao poder em 2010 com uma agenda conservadora cristã radical e ultranacionalista, ele e Netanyahu construíram relações políticas próximas. A última visita do israelense a Budapeste foi em 2017.

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