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Nasa obtém amostras da ‘mais perigosa’ rocha do sistema solar

Os detritos fazem parte do asteroide Bennu, que pode colidir com a Terra em 300 anos, e podem conter informações sobre o início da vida no universo

Por Da Redação
Atualizado em 25 set 2023, 13h44 - Publicado em 25 set 2023, 10h57

A agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa, informou nesta segunda-feira, 25, que conseguiu obter amostras de uma rocha espacial conhecida como “a mais perigosa do sistema solar”. Os detritos foram trazidos para a Terra por meio de uma cápsula, que pousou no deserto americano do estado de Utah, e agora cientistas planejam aprender mais sobre o objeto.

As amostras foram coletadas, por meio da espaçonave Osiris-Rex, em 2020, na superfície do asteroide Bennu, que tem uma chance remota de atingir a Terra nos próximos 300 anos. Com o material, a Nasa espera obter novas informações sobre a formação do sistema solar, há 4,6 bilhões de anos, e possivelmente até sobre como a vida começou no universo.

O pouso aconteceu nas terras desérticas pertencentes ao Departamento de Defesa americano em Utah, na manhã desta segunda-feira. O contêiner, do tamanho de um pneu de carro, penetrou a atmosfera sobre o oeste dos Estados Unidos a mais de 432 mil km/h, mas um escudo térmico e um paraquedas retardaram sua descida, fazendo com que atingisse a superfície terrestre suavemente.

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“Esta pequena cápsula cumpriu sua tarefa”, disse Tim Priser, engenheiro-chefe da fabricante aeroespacial Lockheed Martin. “Ela pousou como uma pena.”

Ao recuperar a cápsula no deserto, três anos após a coleta do material, alguns dos funcionários da Nasa se emocionaram com a operação.

“Chorei como um bebê quando ouvi que o paraquedas havia aberto e que íamos fazer um pouso suave”, disse Dante Lauretta, principal cientista da espaçonave Osiris-Rex. “Foi um momento avassalador para mim. É uma conquista surpreendente.”

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Os cientistas estimam que a carga tenha cerca de 250 gramas. Apesar de não parecer muita quantidade, é mais do que o suficiente para os testes que as equipes da Nasa querem fazer, já que é possível fatiar e mapear grão por grão em nanoescalas, e depois analisar as minúsculas partículas com uma resolução muito alta.

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Porém, os especialistas também estão sendo cautelosos com o material. Se, como pensam os investigadores, a amostra conter compostos de carbono que podem ter estado envolvidos na criação da vida, então é necessário evitar a todo custo a mistura do material rochoso com a química atual da Terra.

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