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‘Não esperava tanto ódio’, diz breakdancer criticada por performance na Olimpíada

Rachael Gunn viralizou nas redes sociais após perder todas as três rodadas na competição em Paris

Por Mafê Firpo Atualizado em 15 ago 2024, 19h37 - Publicado em 15 ago 2024, 18h26

A breakdancer australiana Rachael Gunn se pronunciou nesta quinta-feira, 15, depois da enxurrada de críticas que recebeu desde que competiu na Olimpíada de Paris. Em uma publicação no Instagram, a b-girl afirmou que as reações negativas a deixaram devastada e pediu que respeitem a privacidade de sua família e amigos.

“Eu quero agradecer todas as pessoas que me apoiaram. Eu realmente aprecio a positividade. Eu estou feliz que pude trazer alguma alegria para as suas vidas, isso era o que eu esperava. Mas eu não esperava que isso abriria portas para tanto ódio, o que, francamente, tem sido devastador”, escreveu.

“Eu fui lá (nos Jogos de Paris 2024) e eu me diverti. Eu levei muito a sério, eu me dediquei muito à minha preparação para as Olimpíadas e eu dei o meu máximo, de verdade. E eu estou honrada de ter feito parte da Equipe Olímpica da Austrália e da estreia olímpica do breaking. O que todos os atletas conquistaram foi fenomenal”, continuou.

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A australiana, que é conhecida no mundo do breaking pelo apelido RayGunn, virou piada nas redes sociais depois de se apresentar na modalidade e perder todas as três rodadas da competição. Depois de sua apresentação, Gunn viralizou nas plataformas digitais com diversos memes que faziam chacota de sua performance.

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Após a repercussão, a b-girl foi acusada de não ter levado a sério as Olimpíadas e se tornou alvo de uma petição anônima que pedia a investigação sobre sua seleção para competir nos Jogos de Paris. O projeto, que conta com mais de 55 mil assinaturas, acusa a b-girl de ter burlado o sistema de qualificação, já que era próxima da comissão técnica e federação australiana.

Em resposta, o Comitê Olímpico Australiano (AOC) condenou a petição, argumentando que é uma maneira de incitar ódio contra ela e que ataca a dançarina de “forma vexatória, enganosa e praticando bullying”.

“O CEO do comitê, Sr. Caroll, afirma que a petição contêm inúmeras informações falsas propagadas para apenas destilar ódio contra uma atleta que foi selecionada para representar o Comitê Olímpico Australiano de forma transparente e independente diante a eventos classificatórios e um processo de nominação”, declarou o comitê em suas redes sociais.

Antes da Olimpíada, Gunn estava na 22º posição no ranking mundial de breaking organizado pela Federação Internacional de Dança Desportiva. Ela foi campeã do Campeonato Continental de breaking WDSF 2023 da Oceania e, por isso, conseguiu se classificou para os Jogos Olímpicos.

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