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‘Não aceitamos interferência ou tutela’, diz Lula após post de Trump sobre Bolsonaro 

Americano citou suposta 'caça às bruxas' contra ex-presidente brasileiro

Por Caio Saad Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 jul 2025, 15h04 - Publicado em 7 jul 2025, 13h31

Pouco após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, usar suas redes sociais para citar uma suposta “caça às bruxas” a Jair Bolsonaro, nesta segunda-feira, 7, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que “a defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros” e que “ninguém está acima da lei”.

“A defesa da democracia no Brasil é um tema que compete aos brasileiros. Somos um país soberano. Não aceitamos interferência ou tutela de quem quer que seja. Possuímos instituições sólidas e independentes. Ninguém está acima da lei. Sobretudo, os que atentam contra a liberdade e o estado de direito”, disse Lula em nota.

Depois, durante coletiva na Cúpula do Brics, o presidente foi questionado sobre a defesa do republicano ao rival. “Eu não vou comentar essa coisa do Trump e do Bolsonaro… tenho coisa mais importante pra comentar do que isso”, afirmou Lula. “Esse país tem lei, esse país tem regra, esse país tem um dono chamado ‘povo brasileiro’, portanto, deem palpite na sua vida e não na nossa”, acrescentou.

Na Truth Social, rede social da qual é dono, Trump não mencionou diretamente ações judiciais contra Bolsonaro, mas disse que o ex-presidente seria alvo de perseguição política.

“O Grande Povo do Brasil não tolerará o que estão fazendo com seu ex-presidente. Estarei acompanhando de perto a CAÇA ÀS BRUXAS de Jair Bolsonaro, sua família e milhares de seus apoiadores. O único Julgamento que deveria acontecer é um Julgamento pelos Eleitores do Brasil — chama-se Eleição. DEIXEM BOLSONARO EM PAZ!”, escreveu.

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+ Trump pede que ‘deixem Bolsonaro em paz’ e endossa tese de caça às bruxas

Bolsonaro está inelegível por 8 anos, por duas condenações no Tribunal Superior Eleitoral, por abuso de poder e uso indevido de meios de comunicação, ao atacar as urnas eletrônicas durante a eleição de 2022, sem provas concretas.

Em paralelo, em março, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal tornou por unanimidade o ex-presidente e mais sete aliados réus por tentativa de golpe em 2022, aceitando denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República. Ele também responde pelos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado.

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A publicação de Trump se dá poucas semanas depois de um tribunal da Flórida expedir uma nova citação contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A decisão seguiu pedido da plataforma de vídeos online Rumble e da Trump Media, empresa do presidente americano.

A Rumble e a Trump Media alegam que Moraes violou a Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos, que garante a liberdade de expressão, ao ordenar a remoção de contas de influenciadores brasileiros de direita na plataforma e por outras supostas “tentativas de censura”. Segundo documento obtido pela colunista Marcela Rahal, de VEJA, as empresas argumentam que a lei protege as pessoas em solo americano — sejam cidadãos dos EUA ou dissidentes que fogem da perseguição — e nenhum juiz estrangeiro, por mais poderoso ou ofendido que esteja, tem o direito de romper essa proteção.

O documento cita ainda o caso do blogueiro Alan dos Santos, que mora nos EUA, alvo de decisões do ministro para que suas redes fossem bloqueadas no país.

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Aumentando a pressão sobre Moraes, uma decisão do governo dos Estados Unidos em maio de restringir vistos a pessoas responsáveis por “censura a americanos” foi vista como um “aviso” ao ministro, como classificado pela deputada republicana Maria Elvira Salazar, parte da base de apoio do presidente Donald Trump, a deputada republicana Maria Elvira Salazar.

A decisão, anunciada pelo secretário de Estado americano, Marco Rubio, não especifica alvos, mas cita a América Latina e autoridades estrangeiras “cúmplices de censura a americanos”. Após o anúncio, Jason Miller, um ex-assessor do presidente Donald Trump, também citou Moraes em uma publicação, insinuando que ele poderia ser um dos alvos.

“Estrangeiros que trabalham para minar os direitos dos americanos não devem ter o privilégio de viajar para o nosso país. Seja na América Latina, na Europa ou em qualquer outro lugar, os dias de tratamento passivo para aqueles que trabalham para minar os direitos dos americanos acabaram”, disse o secretário de Estado americano durante o anúncio da medida.

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+ Política de visto é decisão soberana de cada país, diz Vieira sobre anúncio do governo Trump

O próprio Rubio disse ao Congresso americano que há uma “grande chance” de Washington sancionar Moraes, relator de um inquérito, acolhido pelo STF a pedido da PGR, para investigar o deputado federal Eduardo Bolsonaro por atuação nos EUA contra autoridades brasileiras.

Segundo a PGR, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro tem feito publicações em redes sociais e dado entrevistas a veículos da imprensa em que estaria “se dedicando a conseguir do governo dos EUA a imposição de sanções contra integrantes do Supremo Tribunal Federal.

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