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Na era da impopularidade, quem foram os líderes mais impopulares de 2024

Da Ásia à Europa, a crescente insatisfação é alimentada por crises econômicas, polarização política e promessas não cumpridas

Por Júlia Sofia
Atualizado em 27 dez 2024, 16h53 - Publicado em 27 dez 2024, 16h52

Em 2024, o mundo assistiu a um desfile de líderes em queda livre nas pesquisas de aprovação. Desde a tentativa de autogolpe na Coreia do Sul até os desafios econômicos na Europa e na América, governantes ao redor do planeta viram seus índices despencarem, com baixas pontuações de aprovação, segundo levantamento realizado pela Morning Consult.

Veja abaixo os mais impopulares líderes do ano e os motivos por trás do descontentamento popular.

1- Yoon Suk-yeol (Coreia do Sul) 

Yoon Suk-yeol é, segundo análise da consultoria, o líder mais impopular de 2024, com desaprovação de 79,5%. Sua gestão desastrosa durante as enchentes devastadoras em Seul, somada a uma economia estagnada que prejudicou a classe média, alimentou o descontentamento.

Em dezembro, o líder declarou unilateralmente lei marcial, alegando a necessidade de “limpar” o país de espiões pró-Coreia do Norte, medida amplamente vista como uma tentativa de autogolpe, gerando protestos em massa e uma reação rápida do Parlamento, que derrubou o decreto em poucas horas.

2- Olaf Scholz (Alemanha) 

Com 76% de desaprovação, o chanceler alemão, Olaf Scholz, não conseguiu mitigar os efeitos da crise energética, que se intensificou após a guerra na Ucrânia, resultando em custos de energia cada vez mais altos para os cidadãos. A falta de uma resposta efetiva à inflação e a percepção de um governo fraco em tempos de crise minaram sua popularidade. A Alemanha, tradicionalmente conhecida por sua estabilidade econômica, viu-se em um ciclo de aumento de custos e descontentamento.

3- Emmanuel Macron (França) 

Com 70% de desaprovação, Emmanuel Macron enfrentou uma queda de popularidade após a aprovação da polêmica reforma da previdência, que aumentou a idade mínima da aposentadoria sem consultar o Parlamento. O descontentamento popular levou a protestos em massa por meses. “Macron governa como um rei, mas sem o apoio do povo”, ironizou o deputado oposicionista Jean-Luc Mélenchon.

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4- Petr Fiala (República Tcheca) 

A crise econômica e o aumento do custo de vida desgastaram a popularidade do primeiro-ministro tcheco, que teve uma taxa de 68% de impopularidade.

O governo de Fiala implementou políticas de austeridade para enfrentar desafios econômicos, incluindo o aumento de impostos – algo que, durante campanha, ele havia prometido não fazer.

5- Justin Trudeau (Canadá) 

Em 2024, o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, enfrentou uma série de desafios que abalaram sua popularidade, que atingiu 67%. A renúncia de sua vice-primeira-ministra e ministra das Finanças, Chrystia Freeland, expôs divergências internas sobre a gestão financeira do país, especialmente diante de um déficit orçamentário maior do que o previsto.

Trudeau liderou o país por quase uma década, mas se tornou amplamente impopular nos últimos anos por razões como o alto custo de vida e a inflação crescente.

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6- Karl Nehammer (Áustria)

Na Áustria, a gestão de Karl Nehammer também comprometeu sua popularidade, com 62,5% de desaprovação. A recusa de Nehammer em formar uma coalizão com o Partido da Liberdade da Áustria (FPÖ), apesar do partido ter obtido a maior parte dos votos nas eleições parlamentares de setembro, levou a um impasse político.

7- Pedro Sánchez (Espanha) 

Pedro Sánchez enfrentou críticas intensas devido à alta inflação e aos desafios econômicos em um momento de crescente desigualdade social. Além disso, Sánchez lidou com críticas relacionadas a escândalos políticos envolvendo membros de seu governo.

A oposição, fortalecida pela insatisfação popular, tornou-se uma ameaça real para o governo socialista, resultando em uma desaprovação de 60%.

8- Recep Tayyip Erdoğan (Turquia)

O presidente turco, Recep Tayyip Erdoğan, viu sua taxa de desaprovação atingir 59,8% em 2024. A crise econômica, marcada por uma inflação descontrolada e a desvalorização da moeda, afetou severamente o poder de compra da população.

A percepção de que Erdoğan governa de maneira autoritária e distanciada dos princípios democráticos também gerou um desgaste significativo em sua base de apoio.

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9- Fumio Kishida (Japão) 

O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, enfrentou escândalos políticos envolvendo membros de seu partido, o Partido Liberal Democrata (LDP). Esses escândalos, incluindo um caso de fundos secretos, abalaram a confiança pública na política japonesa. A falta de soluções eficazes para os problemas econômicos e demográficos do Japão, somada à instabilidade política, contribuiu para sua impopularidade, que atingiu 59%.

Em agosto de 2024, Kishida anunciou que não buscaria a reeleição como líder do LDP e que deixaria o cargo de primeiro-ministro ao final de setembro

10- Jonas Gahr Støre (Noruega) 

Jonas Gahr Støre, da Noruega, tem enfrentado críticas por sua gestão da crise econômica e por políticas que não conseguiram conter o descontentamento da população, especialmente em relação à crescente desigualdade social e ao aumento dos preços. Sua reprovação foi de 58,3%.

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