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Musk distribui cheques de US$ 1 milhão às vésperas de eleição em Supremo estadual

Aliado de Trump provoca polêmica ao apoiar candidatura de Brad Schimel, um juiz conservador, para o mais alto tribunal de Wisconsin

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 mar 2025, 11h13

O magnata Elon Musk distribuiu no domingo 30 cheques de US$ 1 milhão (cerca de R$ 5,7 milhões) a dois eleitores de Wisconsin, às vésperas das eleições para a Suprema Corte do estado, previstas para 1º de abril. Um dos maiores apoiadores do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Musk apoia a candidatura de Brad Schimel, um juiz conservador, para o mais alto tribunal de Wisconsin.

A uma multidão de 2 mil pessoas, o empresário disse que a eleição “será importante para o futuro da civilização”, uma vez que a Suprema Corte de Wisconsin deverá anunciar decisões, em breve, sobre questões como acesso ao aborto, direitos trabalhistas e redistritamento do Congresso (o processo de traçar os limites dos distritos eleitorais, que pode provocar mudanças em resultados nas urnas e “ajudar” republicanos ou democratas). A mudança no legislativo, segundo Musk, pode afetar qual partido controlará a Câmara dos Deputados dos Estados Unidos.

“E se a Suprema Corte (de Wisconsin) for capaz de redesenhar os distritos, eles vão manipular o distrito e privar Wisconsin de duas cadeiras do lado republicano”, alegou ele. “Então eles vão tentar impedir todas as reformas governamentais que estamos fazendo para vocês, o povo americano.”

Ao todo, Musk e aliados gastaram mais de US$ 20 milhões (R$ 115 milhões) para impulsionar Schimel. A influência do dono da Tesla e do X, antigo Twitter, no pleito desta terça-feira tem sido alvo de críticas da liberal Susan Crawford, a favorita na disputa. Ainda no domingo, a Suprema Corte estadual se recusou, por unanimidade, a ouvir uma ação do procurador-geral de Wisconsin, Josh Kaul, para impedir a entrega dos cheques por supostamente ferir uma lei local.

“A lei de Wisconsin proíbe oferecer qualquer coisa de valor para induzir alguém a votar”, escreveu Kaul no processo. “No entanto, Elon Musk fez exatamente isso.”

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Por sua vez, os advogados de Musk afirmaram que o magnata estava exercendo o direito à liberdade de expressão e que impedi-lo violaria a Constituição dos Estados Unidos. Eles também argumentaram que os pagamentos milionários tem como “objetivo gerar um movimento popular em oposição aos juízes ativistas, não defender expressamente a favor ou contra qualquer candidato”.

Queda de braço

Embora seja controlada por juízes progressistas, por 4-3, a Suprema Corte de Wisconsin não aceitou o caso como uma ação original, sem apresentar justificativas. Todos os quatro magistrados progressistas endossaram Crawford. Pouco antes do início do comício de Musk, quando a corte analisaria o processo, a equipe jurídica de Musk apelou para que os juízes Jill Karofsky e Rebecca Dallet, que apoiaram a candidatura da juíza abertamente, não participassem devido ao “espectro de viés inapropriado”. 

No entanto, os dois não aceitaram o pedido e anunciaram que explicariam os motivos para tanto posteriormente. Caso tivessem acatado a solicitação, o tribunal passaria a ter uma maioria conservadora de 3-2. Um dos juízes conservadores de Wisconsin apoiou Schimel, que usou um boné com os dizeres “Make America Great Again” (mesmo mote de campanha de Trump), durante comícios no domingo.

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Em entrevista à emissora americana Fox News, Schimel disse que não controla “nenhum gasto de nenhum grupo externo, seja Elon Musk ou qualquer outra pessoa” e o presidente dos Estados Unidos apenas o questionou se “rejeitaria juízes ativistas” e seguiria a lei.

“É exatamente isso que eu me comprometi com qualquer um, seja o presidente Trump, Elon Musk ou quaisquer doadores e doadores ou apoiadores ou eleitores em Wisconsin. Esse é meu compromisso”, afirmou.

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