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Munição e alimentos da Rússia não durarão mais que 3 dias, diz Ucrânia

Segundo o Ministério da Defesa ucraniano, o estoque de suprimentos das tropas russas está próximo de acabar; a situação seria semelhante com o combustível

Por Da Redação
Atualizado em 22 mar 2022, 12h08 - Publicado em 22 mar 2022, 07h52

O Ministério da Defesa da Ucrânia disse nesta terça-feira, 22, que o estoque de suprimentos das tropas da Rússia está próximo de acabar. “De acordo com as informações disponíveis, as forças de ocupação russas que operam na Ucrânia têm estoques de munição e alimentos para não mais de três dias”, afirmou em comunicado no Facebook.

Segundo as autoridades, a situação é semelhante com o combustível russo. A Ucrânia informou ainda que ao menos trezentos militares russos “se recusaram a cumprir a ordem de realizar hostilidades” na região de Okhtyrka, que fica a 350 quilômetros a leste da capital Kiev.

Já nas regiões separatistas de Luhanksk e Donetsk, a leste, o governo ucraniano diz que “o inimigo continua tentando avançar, mas sem sucesso”. A Rússia afirma, contudo, que obteve progresso nessas regiões.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia afirmou ainda que o país vizinho “usa seus próprios cidadãos como escudo humano” em Mariupol, cidade sob constante ataque, e comparou a situação com a ocupação nazista em Berlim em 1945. A invasão russa à Ucrânia chegou hoje ao 27º dia.

ZELENSKY FALA COM O PAPA E AO PARLAMENTO ITALIANO

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, informou em seu Twitter que conversou com o Papa Francisco nesta terça e pediu ajuda ao pontífice para mediar as negociações com a Rússia.

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“Falei com Sua Santidade sobre a difícil situação humanitária e o bloqueio pelas tropas russas dos corredores de resgate. O papel mediador da Santa Sé para acabar com o sofrimento humano seria apreciado. Obrigado pelas orações”, afirmou.

Posteriormente, o político discursou para o Parlamento da Itália e disse que seu país está prestes a sobreviver à guerra com as forças russas e acusou Vladimir Putin de querer avançar para o restante da Europa. “Para as tropas russas, a Ucrânia é a porta da Europa, onde eles querem invadir. Mas a barbárie não deve passar”, pontuou.

O primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, falou ao parlamento que “a arrogância do governo russo bateu de frente com a dignidade do povo ucraniano, que conseguiu conter os objetivos expansionistas de Moscou e impor um custo enorme ao exército invasor”. Segundo a agência Reuters, Draghi disse que a Itália apoiaria a tentativa da Ucrânia de entrar na União Europeia.

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