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Missão da UE rejeita ‘categoricamente’ acusação de fraude em eleição no Equador

Grupo de enviados do bloco europeu destacou, porém, que houve 'desequilíbrios' no pleito que reelegeu o presidente Daniel Noboa

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 15 abr 2025, 14h10 - Publicado em 15 abr 2025, 14h09

A missão de observadores eleitorais da União Europeia (UE), enviada para avaliar o pleito presidencial no Equador no último final de semana, afirmou na manhã desta terça-feira, 15, que não há nenhum elemento de fraude no resultado. O parecer veio depois da esquerdista Luisa González, derrotada pelo atual presidente, Daniel Noboa, de direita, exigir uma recontagem dos votos por suposta irregularidade.

Os enviados do bloco europeu reforçam o coro de autoridades eleitorais, da Organização dos Estados Americanos (OEA), dos Estados Unidos e de membros do próprio partido de González, o Movimento Revolução Cidadã, que reconheceram a vitória de Noboa.

A vantagem de mais de 1 milhão de votos do atual presidente, do partido Ação Democrática Nacional – 56% de apoio, contra 44% de González –, surpreendeu após um primeiro turno acirradíssimo em fevereiro. Na ocasião, ele ficou à frente da rival por pouco mais de 16.700 votos.

“Rejeitamos categoricamente a narrativa repetida de fraude que levou a candidata a não reconhecer os resultados”, disse o chefe da missão de observação da UE, o espanhol Gabriel Mato, eurodeputado pelo Partido Popular (de direita), durante uma coletiva de imprensa.

Ele representava o grupo de uma centena de observadores de 25 países do bloco que estão há meses no Equador, e sua equipe não viu nenhuma evidência de manipulação ou relatos confiáveis ​​de fraude. A campanha de González, pupila do ex-presidente Rafael Correa, que diz não reconhecer os resultados, não formalizou nenhuma denúncia sobre o tema ao Tribunal Eleitoral nem forneceu evidências.

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“Desequilíbrios”

No entanto, Mato destacou que há muito a ser feito para futuras disputas, a fim de garantir que as doações de campanha sejam monitoradas adequadamente. Também afirmou que houve uma série de desequilíbrios na jornada.

“Esse desequilíbrio poderia justificar colocar em dúvida o resultado eleitoral? Do meu ponto de vista, de nenhuma maneira”, frisou o espanhol ao compartilhar o relatório preliminar da missão, que em dois meses publicará a versão final do documento.

Na véspera da eleição, Noboa declarou estado de emergência em sete estados, a maioria deles redutos do correísmo, gerando temores de que ele estivesse tentando suprimir o voto entre apoiadores de González. O sítio restringe atividades sociais e permite que policiais e militares entrem em residências privadas sem permissão.

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O presidente justificou que a medida era uma resposta à violência em certas partes do Equador (o país está em estado de “conflito armado interno” desde 2023, devido à atividade de gangues ligadas ao narcotráfico, tema que colocou a segurança pública nos holofotes durante o pleito). González, por sua vez, descreveu o ocorrido como uma tentativa de restringir a participação política nas eleições.

Na manhã desta terça, o partido indígena Pachakutik, que apoiou González, afirmou em comunicado que reconheceu a vitória de Noboa e espera que as promessas de campanha sejam implementadas para o bem do país.

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