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Ministro de Israel ameaça anexar partes de Gaza a menos que Hamas liberte reféns

Chefe da pasta de Defesa falou na 'ocupação permanente' de 'zonas de proteção' dentro do enclave e prometeu intensificar ataques contra grupo palestino

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 mar 2025, 09h55

O ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou nesta sexta-feira, 21, que ordenou seus militares a “conquistem mais terras” na Faixa de Gaza e lançou uma ameaça sobre possíveis anexações caso o grupo terrorista palestino Hamas não liberte os 59 reféns ainda em cativeiro no enclave.

“Eu ordenei (ao exército) para que tomasse mais território em Gaza… Quanto mais o Hamas se recusar a libertar os reféns, mais território perderá, que será anexado por Israel”, disse ele em uma declaração.

O ministro também falou na “ocupação permanente” de “zonas de proteção” dentro da Faixa de Gaza, de acordo com a agência de notícias AFP.

(Caso o Hamas não ceda), vamos expandir zonas de proteção ao redor de Gaza para proteger áreas de população civil israelense, com soldados implementando uma ocupação israelense permanente da área”, completou.

Em reação quase instantânea, o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Noël Barrot, declarou a repórteres que seu país se opõe a “qualquer forma de anexação, seja na Cisjordânia ou na Faixa de Gaza”.

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“Temos uma visão muito clara do futuro da região – uma solução de dois estados (israelense e palestino) vivendo lado a lado em paz”, completou, segundo a AFP.

Pressão

Katz prometeu ainda intensificar os ataques ao Hamas, usando “pontos de pressão” civis e militares para derrotar o grupo.

“Intensificaremos a luta com bombardeios aéreos, navais e terrestres, bem como expandindo a operação terrestre até que os reféns sejam libertados e o Hamas seja derrotado, usando todos os pontos de pressão militares e civis”, declarou.

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O ministro chegou a dizer, inclusive, que a vitória significa implementar a proposta do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para a reconstrução de Gaza como um resort no Mediterrâneo de propriedade americana, após a realocação de seus habitantes palestinos para outros países árabes. O deslocamento forçado é considerado um crime de guerra e viola o direito internacional.

Retomada da guerra

Na quinta-feira, os militares israelenses disseram que começaram a “conduzir atividades terrestres” na área de Shabura, em Rafah, a cidade mais ao sul de Gaza, perto da fronteira egípcia. O Exército também informou que também fechou a principal rota norte-sul do território, a estrada Salahuddin, ao expandir as operações terrestres que foram retomadas na quarta-feira.

Também na quinta-feira, a ala armada do Hamas disparou foguetes contra Israel pela primeira vez desde que o cessar-fogo na Faixa de Gaza, em vigor desde janeiro, entrou em colapso na terça devido à retomada de ataques aéreos contra o enclave.

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O primeiro dia de ataques aéreos após dois meses de cessar-fogo matou mais de 400 palestinos, enquanto o total de mortos nos últimos três dias é de pelo menos 510, disse Khalil Al-Deqran, porta-voz do Ministério da Saúde do território, à agência de notícias Reuters. O órgão não faz distinção entre civis e combatentes, mas afirmou que mais da metade das vítimas são mulheres e crianças.

Em um golpe para o Hamas, que buscava se reagrupar e organizar sua gestão em Gaza durante a trégua, os bombardeios desta semana mataram algumas de suas principais figuras administrativas, incluindo o chefe do governo, o chefe dos serviços de segurança, seu assessor e o vice-chefe do Ministério da Justiça.

Antes da retomada dos ataques, a fase 1 do cessar-fogo terminou no início deste mês. O Hamas quer avançar para a segunda etapa, sob a qual Israel seria obrigado a negociar o fim permanente da guerra e a retirada total de suas tropas de Gaza, enquanto todos os reféns israelenses ainda em posse dos terroristas seriam trocados por prisioneiros palestinos. Tel Aviv ofereceu apenas uma extensão temporária da primeira fase da trégua, e cortou todos os suprimentos para Gaza para pressionar o grupo palestino a aceitar, mas sem sucesso. Netanyahu justificou a volta da campanha militar como uma maneira de forçar o Hamas a libertar todos os cativos restantes.

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