Ministro da Economia da Argentina renuncia ao cargo
Martín Guzmán chefiava a pasta desde o início do governo de Alberto Fernández, mas era criticado pela vice, Cristina Kirchner
Ministro da Economia da Argentina desde o início do governo de Alberto Fernández, em dezembro de 2020, Martín Guzmán renunciou ao cargo na noite deste sábado. O anúncio foi feito pelas redes sociais, em uma carta de sete páginas endereçada ao presidente.
Segundo o jornal argentino La Nación, a saída foi divulgada em meio a um discurso da vice-presidente Cristina Kirchner em que ela criticou a condução econômica do país e o agora ex-ministro. Ele, inclusive, defendeu que o nome de quem irá substituí-lo seja escolhido mediante um acordo político dentro da coalização governista.
Ainda de acordo com o periódico, secretários da equipe econômica também renunciaram.
Sem citar Cristina Kirchner, o economista de 39 anos — que atuou como pesquisador na Universidade de Columbia junto a Joseph Stiglitz, ex-economista-chefe do Banco Mundial e vencedor do Prêmio Nobel de Economia — destacou o cenário “absolutamente singular” dos seus mais de 30 meses no ministério, com a pandemia da Covid-19 e a guerra na Ucrânia.
Con la profunda convicción y la confianza en mi visión sobre cuál es el camino que debe seguir la Argentina, seguiré trabajando y actuando por una Patria más justa, libre y soberana. pic.twitter.com/rJQ5w0argQ
— Martín Guzmán (@Martin_M_Guzman) July 2, 2022
O ex-ministro também exaltou o crescimento de 10,4% no PIB do país em 2021, com a criação de mais de 1,1 milhão de postos de trabalho, e o refinanciamento da dívida do país com o FMI.
“Com a profunda convicção e a confiança na minha visão sobre qual é o caminho que deve seguir a Argentina, seguirei trabalhando e atuando por uma Pátria mais justa, livre e soberana”, escreveu Guzmán no fim do seu texto, antes apenas de saudar Fernández com sua “maior estima e afeto”.