Militantes do Hezbollah atacam manifestantes no Líbano
Em um país à beira do colapso econômico, a revolta popular sem precedentes exige a demissão dos líderes políticos
Beirute, a capital do Líbano registrou, na noite desta segunda-feira 25, ataques de militantes dos grupos xiitas Hezbollah e Amal a manifestantes contrários ao governo.
Os militantes dos dois grupos se aproximaram de motocicleta da Praça dos Mártires, epicentro dos protestos em Beirute, exibindo cartazes de Nabih Berri (líder do Amal) e atirando pedras nas barracas dos manifestantes. Mais tarde, ocorreram disparos no bairro de Cola, durante a passagem de um comboio de motos, informou a TV libanesa.
As forças de segurança fecharam o tráfego na região, segundo a agência de notícias nacional ANI. Em outro bairro, o Exército agiu para separar os militantes dos dois partidos xiitas e do Movimento do Futuro, do premiê demissionário Saad Hariri.
No subúrbio sul de Beirute, centenas de partidários do Hezbollah e do Amal protestaram para denunciar um acidente ocorrido pela manhã, quando um casal morreu em um carro que teria colidido em uma barreira instalada por manifestantes.
Os manifestantes negam sua responsabilidade no acidente e publicaram nas redes sociais um mapa com as posições de suas barricadas.
Em Tiro, cidade do sul e bastião do Hezbollah e do Amal, os militantes atearam fogo em barracas dosmanifestantes em uma praça, revelaram as TVs locais.
Em um país à beira do colapso econômico, a revolta popular sem precedentes exige a demissão dos líderes políticos, chamados de corruptos e incompetentes.
Desde seu início, no dia 17 de outubro, a onda de protestos é motivo de confrontos entre os manifestantes e os militantes do Amal e do Hezbollah.