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Milei mantém peronista Scioli como embaixador argentino no Brasil

Embaixador terá como principal missão aproximar governos cujos mandatários não têm afinidade

Por Da Redação
29 nov 2023, 18h56

O presidente eleito da Argentina, Javier Milei, anunciou nesta quarta-feira, 29, que irá manter o peronista Daniel Scioli como embaixador argentino no Brasil. Ex-vice-presidente e governador de Buenos Aires, Scioli chegou a lançar pré-candidatura a Presidência pela coalizão derrotada pelo ultraliberal no segundo turno.

Scioli chegou em 2020 ao Brasil como escolha do atual presidente, Alberto Fernández, para aproximar Buenos Aires do governo de Jair Bolsonaro. Agora, o embaixador tem também a missão de aproximar governos cujos mandatários não têm afinidade: Milei e Lula.

+ Milei nomeia Luis Caputo como seu ministro da Economia

Mais cedo, Milei já havia divulgado outras novidades de seu futuro governo, entre elas o aguardado anúncio do seu nomeado para chefiar o Ministério da Economia. Após muita especulação, o ultraliberal escolheu Luis Caputo para o cargo, um nome ligado à mais moderada centro-direita.

A confirmação foi feita em entrevista à rádio argentina Continental, após Milei retornar de sua primeira viagem como presidente eleito, aos Estados Unidos.

“O ministro da Economia é Luis Caputo”, declarou o liberal na entrevista à rádio, embora sua equipe ainda não tenha divulgado a informação. Ele foi foi acompanhado por Caputo durante a visita a território americano.

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Desafios econômicos

O novo titular da pasta tem já foi ministro das Finanças no governo do ex-presidente Mauricio Macri, de quem Milei depende para angariar apoio no Congresso e garantir a governabilidade.

A indicação ao cargo foi tão aguardada porque o novo ministro terá o enorme desafio de tirar a Argentina do profundo buraco em que se enfiou. A inflação acumulada nos últimos doze meses é de 142%, com expectativa de bater em 200% no início do próximo ano. O dólar passou de 1 000 pesos e a taxa de juros do Banco Central atingiu 133% ao ano.

A crise levou mais de 40% da população para uma vida abaixo da linha de pobreza. Pior situação só se viu em 2001, quando o governo confiscou as contas da população, o famoso “corralito”, levando a uma onda de protestos nas portas dos bancos.

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