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Michael vira tempestade tropical após devastar Flórida

Ao menos duas pessoas morreram; furacão já passou pela Geórgia e se dirige com menos força para a Carolina do Sul, Carolina do Norte e Alabama

Por Da Redação
Atualizado em 11 out 2018, 09h58 - Publicado em 11 out 2018, 09h26

O furacão Michael foi rebaixado para tempestade tropical nesta quinta-feira 11 depois de provocar pelo menos duas mortes e destruir casas na região noroeste da Flórida, nos Estados Unidos. Para as autoridades locais, esta foi a tempestade mais violenta a atingir o estado em muitos anos.

O olho de Michael entrou em terra firme perto de Mexico Beach, a cerca de 30 km de Panama City, no início da tarde desta quarta-feira (10) como um furacão de categoria 4 na escala de Saffir-Simpson (que vai de 1 a 5), informou o Centro Nacional de Furacões (NHC).

Durante a madrugada, o fenômeno foi rebaixado para tempestade tropical, quando atravessava a Geórgia, mas ainda provocava fortes chuvas e ventos de 70 km/h. Michael agora se dirige para a Carolina do Sul e deve causar estragos também nos estados do Alabama e Carolina do Norte.

Estima-se que 375.000 pessoas de mais de 20 condados receberam ordens de evacuação, obrigatória ou voluntária.

Ao menos duas pessoas morreram vítimas da tempestade. A primeira morte foi registrada em Tallahasse, a capital do estado da Flórida. Segundo as autoridades locais, um homem morreu depois que uma árvore caiu sobre sua casa.

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A segunda vítima é uma criança, que morreu depois que destroços caíram em cima de sua casa no Condado de Seminole, na Geórgia. Ainda não há muitos detalhes sobre o caso, já que as equipes de resgate ainda não conseguiram alcançar a região.

Devastação

Fotos e vídeos de Mexico Beach, uma comunidade de cerca de 1.000 habitantes, mostravam cenas de devastação absoluta. As casas pareciam flutuar no meio de ruas inundadas, algumas totalmente destruídas após terem perdido o teto.

“Minha casa em Mexico Beach está debaixo d’água”, disse Loren Beltrán, uma contadora de 38 anos, depois de ver imagens de seu bairro. “Perdi tudo de material, mas graças a Deus estamos bem”.

Ela e seu filho de três anos se refugiaram em outra casa em Panama City, onde o panorama não era, no entanto, muito mais animador.

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Panama City parecia uma área de guerra depois de ter sido atingida por mais de três horas por fortes ventos e uma chuva intensa que caía horizontalmente. As ruas eram intransitáveis e havia antenas, tetos, árvores e semáforos espalhados por todos os lados.

Vídeos e fotos postados por moradores nas redes sociais mostram a destruição provocada pelos ventos e chuvas em cidades como Tallahassee e Panama City.

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O governador da Flórida, Rick Scott, havia anunciado que o furacão seria a tempestade mais destrutiva a atingir a região conhecida como “panhandle” em um século. O “panhandle” é como se conhece em inglês esta faixa de terra na costa do Golfo do México.

Já o diretor da Agência Federal de Emergências (FEMA), Brock Long, disse que Michael foi o furacão mais intenso a afetar a região noroeste da Flórida desde 1851.

Em um comício na Pensilvânia na quarta-feira 10, o presidente Donald Trump disse que seus “pensamentos e orações” estavam com os afetados pela tragédia e prometeu viajar à Flórida “em breve”.

No ano passado, uma série de furacões catastróficos atingiu o Atlântico ocidental. Os mais violentos foram o Harvey no Texas, Irma no Caribe e Flórida, e Maria, que devastou o Caribe e deixou quase 3.000 mortos no território americano de Porto Rico.

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A temporada de furacões do Atlântico termina em 30 de novembro.

(Com AFP e EFE)

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