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México acusa Ralph Lauren de apropriação cultural por designs indígenas

A esposa do presidente mexicano, Beatriz Gutiérrez, e a ministra da Cultura do país acusaram a grife de 'plágio'

Por Da Redação
21 out 2022, 09h58

A grife de moda Ralph Lauren pediu desculpas, nesta sexta-feira, 21, após ser acusada pelo México de apropriação cultural por vender um item que imita desenhos indígenas mexicanos.

A esposa do presidente mexicano, Beatriz Gutiérrez, bem como a ministra da Cultura do país, acusaram a Ralph Lauren de “plágio”. Em um comunicado, a empresa de roupas disse que estava trabalhando para descobrir como o produto foi parar na área de vendas, tendo emitido uma “diretriz severa” meses antes para removê-la, e que “lamentou profundamente que isso tivesse acontecido”.

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Em seu perfil no Instagram, Gutiérrez compartilhou uma imagem de uma roupa longa com listras e padrões e pendurada em uma loja, com uma etiqueta Ralph Lauren. Ela afirmou que a marca gostava de designs inspirados nas tradições têxteis indígenas, mas “copiar” esses padrões era uma questão de plágio, que ela descreveu como “ilegal e imoral”.

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A primeira-dama do México, que é escritora e pesquisadora, disse que este item em particular se apropriou do design das roupas usadas pelos povos Contla e Saltillo e pediu indenização para as comunidades indígenas. A ministra da Cultura, Alejandra Frausto, ecoou a crítica, descrevendo-a como um caso de “apropriação cultural”.

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O termo é usado para descrever quando uma determinada tradição, como um penteado ou roupa, é tirada de um grupo marginalizado e usada de maneira diferente por uma cultura dominante.

A Ralph Lauren prometeu em junho que daria maior “crédito e colaboração” para roupas com padrões indígenas a partir do verão de 2023, e acrescentou que está aprofundando seu “treinamento de conscientização cultural” e ampliando seu trabalho com as comunidades indígenas.

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Acusações desse tipo são frequentes na indústria da moda – e o México é líder. Em julho, a varejista chinesa Shein foi acusada por vender um produto que, segundo o México, usava designs da comunidade maia, levando a empresa a retirar o item das prateleiras virtuais.

No início deste ano, o México aprovou uma lei que prometia dar maior proteção aos povos indígenas e afro-mexicanos do país.

Zara, Mango e Anthropologie estão entre várias outras marcas criticadas. Em 2020, a designer francesa Isabel Marant emitiu seu próprio pedido de desculpas após acusações de apropriação.

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