Membros do Pussy Riot vão passar 15 dias na prisão por invasão de campo
Manifestantes afirmam que objetivo do protesto na final da Copa era promover a liberdade de expressão e condenar as políticas da Fifa
Os quatro integrantes do grupo Pussy Riot que invadiram o gramado do estádio Luzhniki durante a final da Copa do Mundo da Rússia foram condenados nesta segunda-feira, 16, a quinze dias de prisão por sua ação. Eles protestavam a favor da liberdade de expressão e contra a Fifa, por se aliar a regimes repressores.
Os manifestantes, três mulheres e um homem, entraram em campo durante o segundo tempo da partida entre França e Croácia, que terminou com vitória da equipe francesa por 4 a 2. Eles estavam vestidos como policiais, mas foram rendidos rapidamente pelos guardas.
Um dos jogadores croatas, Dejan Lovren, não gostou do protesto e tentou retirar um dos manifestantes de campo. Já o francês Kylian Mbappé retribuiu o cumprimento de uma ativista.
A banda Pussy Riot foi formada em 2011 com o objetivo de misturar arte e política em vídeos e performances. Acabou ficando mais conhecida por seu ativismo feminista do que pela música. Entre os manifestantes condenados está a modelo Veronika Nikulshina, 21 anos, e Olga Kurachyova, de 25, que já trabalhou para a sede da emissora BBC na Rússia.
Olga afirmou a jornalistas que o objetivo da invasão foi promover a liberdade de expressão e condenar as políticas da Fifa. “A Fifa é amiga dos chefes de Estado que apoiam a repressão, que violam os direitos humanos”, disse.
Além dos quinze dias de prisão, os manifestantes também estão proibidos de frequentar eventos esportivos na Rússia por três anos. A Justiça russa decidiu acusá-los apenas de forma administrativa, e não criminalmente, para impedir que se tornassem símbolos ou mártires de campanhas similares.
O grupo Pussy Riot ganhou fama em 2012, quando duas integrantes foram condenadas a dois anos de prisão por interpretar uma canção punk contra o presidente russo Vladimir Putin, no principal templo religioso do país, a Catedral de Cristo Salvador, em Moscou.
(Com EFE)