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Megaprotesto contra Elon Musk mira mais de 200 lojas da Tesla ao redor do mundo

Uma série de manifestações contra o bilionário começou desde o início do mandato de Trump. Essa promete ser a maior de todas

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 28 mar 2025, 09h01

Centenas de protestos em lojas e concessionárias da Tesla devem ocorrer mundo afora no sábado, 29. Os organizadores apelidaram conjunto de atos de Dia de Ação Global para Derrubar a Tesla, mais recente e maior exemplo de uma série de manifestações contra o CEO da montadora de veículos, Elon Musk, que começaram logo após a posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos. Cada vez mais envolvido na gestão, o bilionário tornou-se motivo de descontentamento e apreensão globalmente.

Os organizadores dizem que os protestos ocorrerão em frente a mais de 200 lojas e concessionárias da Tesla internacionalmente, mas principalmente nos Estados Unidos – incluindo em quase 50 somente na Califórnia.

O objetivo dos manifestantes é enviar uma mensagem ao governo Trump de que eles são contra as ações do CEO da Tesla, Elon Musk, no governo federal – demitir milhares de trabalhadores, cortar orçamentos de departamentos, fazer saudações nazistas e extinguir agências inteiras.

“Ninguém votou em Elon”, disse Vickie Mueller Olvera, uma das organizadoras dos protestos em São Francisco. “Ele é um superbilionário não eleito, e é um bandido.” Musk trabalha como um “funcionário especial do governo”, uma espécie de limbo contratual no qual comanda a força-tarefa apelidada de Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês).

O Dia de Ação Global para Derrubar a Tesla se descreve como um movimento popular descentralizado que “protestará contra a Tesla enquanto Elon Musk continuar a destruir os serviços públicos”. O grupo diz em seu site que o magnata está “destruindo nossa democracia usando a fortuna que construiu na Tesla” e, portanto, estão “tomando medidas na Tesla”.

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Vendas em queda livre

Consumidores também vêm reagindo negativamente às interferências de Musk em assuntos políticos (nos Estados Unidos e na Europa, onde ele apoia a extrema direita) e de seu papel como conselheiro sênior do governo Trump.

As vendas e a participação no mercado da Tesla despencaram na Europa em fevereiro, mostraram dados da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis (ACEA) divulgados na terça-feira 25. Trata-se do segundo mês consecutivo de queda no continente, mesmo que europeus estejam progressivamente aderindo a veículos elétricos.

Em fevereiro do ano passado, a empresa controlava 2,8% do mercado total e 21,6% do mercado de veículos elétricos (BEV, sigla para carros movidos à bateria). Agora, detém cerca de 1,8% do geral e apenas 10,3% do setor de BEV. Ela vendeu menos de 17 mil automóveis na União Europeia (UE), Reino Unido e países da Associação Europeia de Livre Comércio no mês, contra 28 mil no mesmo período em 2024.

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No geral, as vendas de veículos elétricos dispararam 26,1% em relação a fevereiro do ano passado, apesar da redução de 3,1% na comercialização de automóveis. O crescente interesse em carros elétricos no segundo maior mercado de veículos elétricos do mundo é resultado das metas de emissões de poluentes da UE e ao barateamento de veículos nos novos lançamentos.

+ Interferências políticas de Musk aumentam, e vendas da Tesla desabam na Europa

É apenas o início dos desafios da Tesla na Europa. A fabricante de Musk é dona de uma linha menor e datada quando comparada às montadoras modernas no continente e dos rivais chineses, que vendem carros mais baratos. A queda também ocorre após o seu envolvimento com as políticas de Trump e a sua participação em comícios do partido de extrema direita alemão AfD, levando à queda de prestígio da Tesla na região. Antes, ele fez uma saudação entendia por muitos como nazista.

No Reino Unido, criticou abertamente o primeiro-ministro Keir Starmer e outros políticos por um suposto acobertamento de um escândalo, sem apresentar evidências, e gerou ira do presidente francês, Emmanuel Macron, após uma enxurrada de publicações nas redes sociais criticando políticos proeminentes europeus.

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