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Marina Silva cutuca Trump e negacionismo climático: ‘Sociedade vai cobrar’

Às margens do G20, ministra do Meio Ambiente afirmou que será um 'prejuízo enorme' se os EUA saírem do Acordo de Paris, como sugeriu o republicano

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 nov 2024, 09h02

A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, afirmou na noite de domingo 17 que será “um prejuízo enorme” se os Estados Unidos deixarem o Acordo de Paris, como prometeu fazer o presidente eleito, Donald Trump, repetindo uma medida do primeiro mandato. Ela alfinetou, porém, os países “que têm uma visão negacionista do clima”, incluindo aí a América trumpista e a Argentina de Javier Milei, dizendo que as sociedades vão cobrar governos “negligentes” quando suas vidas forem ameaçadas pela mudança climática.

“Mesmo tendo uma visão política e ideológica diferente, em relação ao clima e à saúde, não há como fazer barreiras ideológicas”, disse Marina num evento do consulado norueguês à margem do G20, referindo-se à pandemia de covid-19 e ao aquecimento global.

“Se os países que têm uma visão negacionista do problema da mudança do clima persistirem com essas agendas, estarão causando um grande prejuízo à humanidade e um prejuízo político para eles também. As pessoas podem até concordar ideologicamente com esses governos que foram eleitos, mas as pessoas não concordam que suas vidas sejam ameaçadas por falta de providências que devem ser tomadas”, acrescentou a ministra do Meio Ambiente.

Ela continuou: “Em relação à proteção de suas vidas, com certeza essas sociedades vão começar a cobrar, e cobrar muito alto, se (os governos) não fizerem o dever de casa.”

Biden periférico

Apesar de reconhecer que um Trump no Salão Oval estará menos disposto do que o atual presidente americano, Joe Biden, a colaborar neste campo, Marina afirmou que “a governança climática andou”, sugerindo que outros países podem assumir a liderança das discussões – um posto que o Brasil de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ambiciona. A ministra também expressou confiança de que os compromissos feitos por Washington com o Fundo Amazônia serão mantidos durante o governo republicano, porque “compromissos de Estado são compromissos de Estado, não é uma política de governo”.

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+ Brasil recebe líderes do G20 em meio a divergências profundas entre potências

Em visita à Amazônia, Biden anunciou um novo aporte de US$ 50 milhões ao fundo gerenciado pelo BNDES para a preservação da floresta tropical, elevando o total de investimentos americanos para US$ 100 milhões. O total, porém, ficou aquém do prometido quando Lula visitou Washington no ano passado – US$ 500 milhões –, em um contexto de dias contados para o presidente democrata na Casa Branca.

Discussão esvaziada

A questão das mudanças climáticas figura na lista de discussões do G20, único ponto “brasileiro” que pode ser abordado mais a fundo. Mas mesmo aí as divergências são vastas. “Não há consenso em torno de ações climáticas. Avanços nesse campo não devem se concretizar”, afirmou a VEJA um funcionário do Itamaraty.

Ocupado em montar a equipe com que pretende chegar à Casa Branca — onde esteve na última semana, para um encontro inédito com Biden em que falaram sobre uma transição sem percalços até a posse, em 20 de janeiro —, Trump será como uma assombração nos corredores do G20, onde todos estarão tentando adivinhar e antecipar o futuro das políticas americanas. “Tudo fica em suspenso por causa dos Estados Unidos. Mesmo que assinem uma declaração agora, estamos falando de outro país a partir de janeiro”, diz uma fonte diplomática.

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