Marcha por vítimas da ditadura acaba em choque com a polícia no Chile
Protesto pacífico foi tumultuado pela agressão de um grupo de encapuzados a militares, que reagiram com gás lacrimogêneo e prisões
Manifestantes e policiais entraram em choque neste domingo, 8, em Santiago, Chile, durante um protesto em memória das vítimas da ditadura militar do general Augusto Pinochet (1973-1990). Organizada neste ano pela Coordenação Nacional de Organizações de Direitos Humanos, a marcha acontece anualmente em setembro, quando se deu o golpe de Estado contra o governo democrático de Salvador Allende.
Cerca de 10.000 pessoas participavam pacificamente do protesto, muitas quais carregando fotografias de seus entes mortos pelo regime. Ao chegarem ao Cemitério Geral de Santiago, porém, um grupo de encapuzados fizeram barricadas e passaram a atacar os policiais das Forças Especiais com objetos contundentes e com coquetéis molotov, segundo o jornal conservador El Mercurio.
Os policiais reagiram atirando bombas de gás lacrimogêneo e valendo-se de jatos de água. Vários agressores foram presos, mas suas identidade não foram divulgadas. Os manifestantes se refugiaram no monumento aos mais de 3.000 presos e desaparecidos do regime militar, no cemitério. “Marchamos com a convicção de que, no Chile, ainda não há verdade ou justiça total”, disse Marco Barraza, membro do Partido Comunista chileno.
(Com EFE)