Manifestantes em universidades de Hong Kong usam flechas e catapultas
Novas táticas são usadas para enfrentar as forças policiais; segunda morte nos protestos foi confirmada nesta quinta-feira
Por Da Redação
14 nov 2019, 17h56
Um manifestante antigoverno utiliza um arco e flecha improvisado durante um impasse com a polícia de choque na Universidade Chinesa de Hong Kong, em Hong Kong, na China (Tyrone Siu/Reuters)
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1/21 A polícia de choque confronta manifestantes em Nathan Road durante a manifestação (Keith Tsuji/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
2/21 Os manifestantes confrontam a polícia na Nathan Road durante a manifestação. Como um impasse continuou em Hong Kong, os manifestantes entraram em conflito com a polícia perto da Universidade Politécnica de Hong Kong, em Kowloon, levando a várias prisões e feridos (Keith Tsuji/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
3/21 Um manifestante coloca água em uma lata de gás lacrimogêneo durante a manifestação em Hong Kong (Keith Tsuji/SOPA Images/LightRocket/Getty Images)
4/21 Manifestantes antigovernamentais confrontam com a polícia na Universidade Politécnica de Hong Kong (Laurel Chor/Getty Images)
5/21 Uma visão de um estoque suprimentos de manifestantes no campus da Universidade Politécnica de Hong Kong (Adnan Abidi/Reuters)
6/21 Polícia prende manifestantes antigovernamentais na Universidade Politécnica de Hong Kong (Laurel Chor/Getty Images)
7/21 Um manifestante é detido pela polícia enquanto tenta escapar da Universidade Politécnica de Hong Kong (Anthony Kwan/Getty Images)
8/21 Vista da área onde os manifestantes criaram coquetéis molotov no campus da Universidade Politécnica de Hong Kong (Adnan Abidi/Reuters)
9/21 Vista da área de Yau Ma Tei no distrito de Kowloon, enquanto os protestos contra o governo continuam em Hong Kong (Miguel Candela Poblacion/Anadolu Agency/Getty Images)
10/21 A polícia prende manifestantes antigovernamentais na Universidade Politécnica de Hong Kong (Laurel Chor/Getty Images)
11/21 Uma visão dos pertences e suprimentos deixados pelos manifestantes antigovernamentais após a rendição no campus da Universidade Politécnica de Hong Kong (Adnan Abidi/Reuters)
12/21 A polícia de choque limpa tijolos em uma rua onde manifestantes tentaram bloquear o tráfego no Distrito Central em Hong Kong, China (Anthony Kwan/Getty Images)
13/21 Tijolos são utilizados para bloquear o tráfego durante um protesto no distrito central de Hong Kong. Uma ação chamada de "Blossom Everywhere" foi organizada pelos manifestantes para paralisar o tráfego. (Keith Tsuji/Getty Images)
14/21 Manifestantes estudantis usam um estilingue gigante improvisado para arremessar bolas de tênis através de uma barricada como lazer na Universidade Batista de Hong Kong, China (Thomas Peter/Reuters)
15/21 Flechas são vistas no chão dentro da Universidade Politécnica no distrito de Tsim Sha Tusi durante um protesto antigovernamental em Hong Kong, China (Vernon Yuen/Getty Images)
16/21 Um manifestante antigoverno utiliza um arco e flecha improvisado durante um impasse com a polícia de choque na Universidade Chinesa de Hong Kong, em Hong Kong, na China (Tyrone Siu/Reuters)
17/21 Um manifestante pró-democracia constrói uma parede de tijolos durante uma manifestação na Universidade Chinesa de Hong Kong (Anthony Kwan/Getty Images)
18/21 Manifestantes são vistos sentados em uma passarela barricada dentro da Universidade Politécnica no distrito de Tsim Sha Tusi durante um protesto antigovernamental em Hong Kong, China (Vernon Yuen/NurPhoto/Getty Images)
19/21 Manifestantes contra o governo fazem coquetéis molotov durante um protesto na Universidade Chinesa de Hong Kong, em Hong Kong, na China (Tyrone Siu/Reuters)
20/21 Manifestantes montam tijolos para bloquear o tráfego durante um protesto no distrito central de Hong Kong. (Keith Tsuji/Getty Images)
21/21 Pedras são vistas espalhadas na estrada para impedir que a polícia chegue ao campus ocupado da Universidade Batista em Hong Kong, China (Thomas Peter/Reuters)
Nas ruas desde junho deste ano, os manifestantes contrários à influência chinesa em Hong Kongvêm desenvolvendo novas e sofisticadas táticas para enfrentar a repressão policial. Desde o início da semana, as universidades locais se transformaram em verdadeiros campos de batalha, com estudantes construindo enormes barricadas e usando até mesmo catapultas contra as forças de segurança.
As manifestações se tornaram mais violentas desde segunda-feira 11, com cenas de disparos à queima-roupa e agressão contra uma mulher grávida. Nesta quinta-feira, 14, a segunda morte dos protestos foi confirmada.
Um senhor de 70 anos morreu após ser atingido na cabeça por um tijolo arremessado por um manifestante. No início de novembro, um estudante caiu depois de subir em um parapeito para escapar do gás lacrimogêneo lançado pela polícia nas manifestações e também faleceu.
Embora as oito universidades subsidiadas pelo governo de Hong Kong – como suas contrapartes em todo o mundo – tenham uma longa história de ativismo político, o protestos que sacodem Hong Kong nos últimos cinco meses trouxeram batalhas sem precedentes para os campi, que ficaram bloqueados por longos períodos nos últimos dias.
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Na Universidade de Hong Kong, imagens feitas a partir de um drone mostram uma grande batalha entre manifestantes e forças de segurança — com direito a parede de escudos e coquetéis molotov. Apenas uma ponte dividia os manifestantes da polícia, mas o caminho estava envolto em chamas.
Durante a madrugada desta quinta, os manifestantes testaram novas armas para usar contra os policiais: um estilingue gigante e uma catapulta feitos de bambu. Ambos foram usados para lançar pedras e coquetéis molotov.
Ao mesmo tempo, ergueram nas ruas barricadas com lajotas retiradas do chão, mesas e cadeiras. Os manifestantes também usaram tijolos para obstruir as vias e dificultar o acesso dos policiais à universidade.
O presidente da China, Xi Jinping, que está no Brasil para a reunião da cúpula dos BRICS, alertou que as manifestações “ameaçam o sistema de um país, dois sistemas”, que concede autonomia à Hong Kong. Outras autoridades em Pequim afirmaram que os manifestantes “deram um passo mais perto do terrorismo”.
Os protestos se iniciaram em junho deste ano contra a proposta de lei de extradição que, supostamente, possibilitaria à China continental perseguir dissidentes políticos. Apesar do parlamento de Hong Kongter enterradoa proposta em outubro, a indignação nas ruas persiste.
Manifestantes contrários à influência chinesa continuam saindo às ruas para pedir a renúncia da chefe do Executivo, Carrie Lam, que é vista como uma marionete de Pequim. Também pedem maior autonomia na escolha de líderes regionais e anistia para os ativistas condenados por violência durante os protestos dos últimos meses.
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