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Mais duradouro desde Stalin, Putin pode ficar no Kremlin até 2030

Fontes ouvidas pela agência de notícias Reuters indicam que presidente decidiu lançar campanha de reeleição para março do ano que vem

Por Da Redação
6 nov 2023, 15h04

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, decidiu concorrer às eleições presidenciais de março já que acredita que deve liderar o país durante seu período mais perigoso em décadas, o que pode manter o líder no Kremlin até pelo menos 2030. A informação foi confirmada pela agência de notícias Reuters de acordo com comentários de seis fontes.

“A decisão foi tomada – ele concorrerá”, disse uma das fontes que tem conhecimento do planejamento.

Analistas familiarizados com o pensamento do Kremlin confirmaram que a decisão foi tomada e os conselheiros de Putin já estavam se preparando para a sua participação nas eleições. Porém, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o presidente ainda não comentou o assunto, acrescentando que “a campanha ainda não foi anunciada oficialmente”.

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Depois de neutralizar um motim armado do grupo mercenário Wagner em junho, Putin concentrou os seus esforços em reforçar o apoio entre a sua base central nas forças de segurança, nas forças armadas e junto dos eleitores regionais fora de Moscou. O presidente passou a fazer inúmeras aparições públicas, incluindo nas regiões fora da capital, além de aumentar o orçamento russo para Defesa.

Embora muitos diplomatas e autoridades russas tenham dito que esperam que Putin permaneça no poder durante toda a vida, até agora não houve nenhuma confirmação específica dos seus planos para o futuro. Caso decida concorrer, analistas afirmam que não há nenhum rival sério que pode ameaçar a sua reeleição.

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O líder de 71 anos tem índices de aprovação de 80%, conta com o apoio do Estado e dos meios de comunicação estatais, e não há quase nenhuma oposição pública à continuação do seu governo. Ele recebeu a presidência de Boris Yeltsin no último dia de 1999 e já serviu como presidente por mais tempo do que qualquer outro governante russo desde Josef Stalin.

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No entanto, o líder russo lida com um dos desafios mais sérios que o país já enfrentou desde a crise dos mísseis de Cuba, em 1962. A guerra na Ucrânia desencadeou um choque externo à economia russa devido às sanções ocidentais resultantes do conflito. A inflação acelerou, enquanto o rublo caiu desde o início da guerra, e as despesas com a defesa quase um terço do orçamento total da Rússia.

“A Rússia enfrenta o poder combinado do Ocidente, portanto grandes mudanças não seriam oportunas”, disse uma autoridade russa à agência de notícias Reuters.

O Ocidente retrata Putin como um criminoso de guerra e um ditador que conduziu a Rússia a uma apropriação de terras ucranianas de estilo imperial, o que também renovou a missão da Otan, a principal aliança militar ocidental, na região. O Kremlin, porém, apresenta a guerra como parte de uma luta muito mais ampla com os Estados Unidos que, segundo Moscou, tem como objetivo derrotar o país e se apropriar dos seus recursos naturais.

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