Último Mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Mais de 4,8 mil fiéis sofreram abuso sexual na Igreja Católica de Portugal

Comissão independente que investiga agressões contra menores de idade analisou casos que datam de 1950; 25 denúncias foram encaminhadas ao MP

Por Da Redação
Atualizado em 13 fev 2023, 09h55 - Publicado em 13 fev 2023, 09h52

Uma comissão independente que investiga o abuso sexual de menores na Igreja Católica de Portugal disse nesta segunda-feira, 13, que documentou casos apontando para pelo menos 4.815 vítimas.

Criada pela Conferência Episcopal Portuguesa para examinar os abusos nas últimas décadas, a comissão acrescentou que esta é apenas a ponta do iceberg.

+ Vaticano expulsa ‘freiras rebeldes’ por se recusarem a sair de mosteiro

Ao apresentar o relatório, o presidente da comissão, o psiquiatra infantil Pedro Strecht, homenageou as centenas de pessoas que prestaram depoimento, dizendo que seu objetivo era “dar voz ao silêncio” das vítimas.

“Elas têm uma voz; elas têm um nome”, afirmou.

Continua após a publicidade

+ Papa Francisco se pronuncia por polêmica sobre homossexualidade e pecado

Ao todo, a comissão documentou 564 denúncias de pessoas que disseram ter sido vítimas de abuso por parte de padres ou outras autoridades da Igreja. O relatório analisou casos que datam de 1950. Em muitos casos, os testemunhos apontavam para o abuso de outros menores – daí a estimativa de milhares de outras vítimas.

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, José Ornelas, bispo de Leiria-Fátima, deve prestar declarações mais tarde.

+ Bispo ganhador do Nobel da Paz é acusado de abuso sexual por revista

No domingo, Ornelas disse ter recebido o relatório “com gratidão” e que uma sessão extraordinária marcada para 3 de março irá ponderar a melhor forma de fazer “justiça” às vítimas.

De acordo com a comissão, 25 dos casos documentados foram encaminhados ao Ministério Público português. Muitos outros, contudo, caíram fora do estatuto de limitações.

Entre as recomendações do relatório está a de que, em casos de alegado abuso sexual de menores, a previsão existente de que as vítimas só podem apresentar queixa-crime até aos 25 anos de idade, ainda que se aplique o prazo de prescrição, seja aumentada para 30 anos.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.