Mais de 30% dos estrangeiros que vivem em Portugal são brasileiros
Já com larga vantagem sobre o segundo colocado, Reino Unido, o relatório ainda não inclui milhares de brasileiros regularizados em 2023
O número de estrangeiros que vivem em Portugal aumentou pelo sétimo ano consecutivo em 2022, segundo relatório do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) divulgado nesta quarta-feira, 28. Ao todo, são 781.915 cidadãos de nacionalidades diversas, mas a comunidade brasileira se destaca por representar 30,7% dessa população.
De acordo com o Relatório de Imigração, Fronteiras e Asilo (RIFA), do SEF, os brasileiros continuam sendo a principal comunidade estrangeira residente em Portugal e também foi a que mais cresceu no país no ano passado, com aumento de 17,1% em relação a 2021.
O RIFA apontou que o Reino Unido mantém a posição de segunda maior comunidade estrangeira em Portugal, com um crescimento de 5,8%.
“O crescimento sustentado dos cidadãos estrangeiros, oriundos dos países da União Europeia, confirmam o particular impacto dos fatores de atratividade já apontados em anos anteriores, como a percepção de Portugal como país seguro, bem como as vantagens fiscais decorrentes do regime para o residente não habitual”, disse o relatório.
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Além disso, o documento destaca que angolanos escalaram o ranking, para o sexto lugar, com crescimento de 23%, enquanto a Índia tornou-se o quarto maior grupo estrangeiro no país. Romênia e China, por sua vez, deixaram a lista das dez nacionalidades mais presentes em Portugal.
O SEF também indicou que Portugal foi destino de 44.519 refugiados ucranianos, por causa da guerra, que receberam apoio do governo.
O relatório também registrou crescimento no número de títulos emitidos, com um aumento de 28,5% em relação ao ano anterior. Esses imigrantes estão mais presentes no litoral português, sendo cerca de 65% concentrados nos distritos de Lisboa, Faro e Setúbal.
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Apesar dos números já impressionantes, estima-se que uma quantidade maior de brasileiros resida em Portugal. Isso porque as estatísticas do país não contabilizam pessoas que têm dupla cidadania de alguma nação da União Europeia ou aqueles que estão em situação irregular no país.
Os dados também não incluem milhares de brasileiros cuja situação foi legalizada automaticamente com a recém-autorizada residência especial para países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Desde março deste ano, o documento garantiu a regularização de imigrantes lusófonos em Portugal, com brasileiros respondendo por mais de 80% das solicitações.
Portugal, como o resto do mundo desenvolvido, enfrenta desafios demográficos como baixa taxa de natalidade e uma população envelhecida. Para reverter o declínio populacional, o governo aposta em incentivos à imigração, como facilidade para regulamentação e benefícios fiscais, para garantir sua sustentabilidade econômica.
Veja as maiores comunidades estrangeiras em Portugal:
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Brasil: 30,7%
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Reino Unido: 5,8%
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Cabo Verde: 4,7%
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Índia: 4,5%
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Itália: 4,4%
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Angola: 4,1%
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França: 3,5%
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Ucrânia: 3,3%
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Nepal: 3,0%
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Guiné-Bissau: 3,0%
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Outros: 33,1%