Mais alunos são presos em novo protesto pró-Palestina em faculdade dos EUA
Polícia invadiu e desmontou acampamento em universidade de Washington. Alunos protestam contra o apoio dos EUA a Israel na guerra em Gaza
A Polícia Metropolitana de Washington, D.C., capital dos Estados Unidos, expulsou nesta quarta-feira, 8, os manifestantes que montaram um acampamento no campus da Universidade George Washington, em protesto a favor do povo palestino. Dezenas de estudantes que se recusaram a deixar o local foram presos.
O acampamento surgiu há cerca de duas semanas e interrompeu as atividades acadêmicas da universidade como forma de protesto contra as ações de Israel na guerra em Gaza. A polícia prendeu entre 30 e 40 manifestantes por invasão e agressão a policiais, alegando que “trabalhou para buscar outros métodos (além da prisão) para reduzir as tensões”, mas que houve uma “escalada gradual na volatilidade do protesto”.
Audiência cancelada
Uma audiência na Câmara dos Deputados sobre o acampamento estava marcada para esta quarta-feira, com testemunhos da prefeita de Washington, Muriel Bowser, e da chefe da polícia metropolitana, Pamela Smith. No entanto, o evento foi cancelado após a ação policial na universidade.
“Estou satisfeito que a potencial audiência de supervisão tenha levado a uma ação rápida por parte da prefeita Bowser e da chefe da polícia, Smith. Continuaremos a responsabilizar as autoridades de DC para garantir que a capital do nosso país seja segura para todos”, disse o presidente de supervisão da Câmara, James Comer.
O porta-voz da polícia metropolitana, Tom Lynch, afirmou que os agentes utilizaram spray de pimenta para dispersar os manifestantes dos arredores da universidade. O departamento de polícia “continuará a apoiar as universidades ou outras entidades privadas que precisam de assistência”, disse Lynch.
Onda de protestos
A reitora da Universidade George Washington criticou o acampamento, afirmando que o protesto dos alunos não havia sido autorizado pelas autoridades da instituição, e criou preocupações em relação à segurança do local. “Podemos e iremos impor restrições de horário, local e maneira que regemos as atividades em nosso campus”, afirmou ela no mês passado.
Nas últimas semanas, diversas universidades dos Estados Unidos foram palco de protestos pró-Palestina por parte de estudantes, contra o apoio do governo e de instituições dos Estados Unidos a Israel na guerra em Gaza. Mais de 2 mil manifestantes já foram presos no país.