Maioria dos eleitores democratas não quer reeleger Biden, diz pesquisa
Com o país tomado por um sentimento generalizado de pessimismo, 64% dos entrevistados diz preferir outro candidato em 2024
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, está perdendo cada vez mais apoio. Segundo uma pesquisa de opinião do jornal do New York Times e da Siena College, divulgada nesta segunda-feira, 11, 64% dos eleitores democratas dizem que prefeririam um candidato diferente na campanha presidencial de 2024. A taxa de aprovação geral de Biden ronda escassos 33%.
O presidente sofre com uma crise inflacionária e um pessimismo generalizado em relação à economia. Mais de três quartos dos eleitores registrados acham que os Estados Unidos estão tomando o caminho errado – sentimento que abrange todos os cantos do país, todas as faixas etárias, grupos raciais e partidos políticos.
Apenas 13% dos eleitores americanos disseram que o país estava no caminho certo – porcentagem mais baixa desde a crise financeira de 2008.
Para Biden, essa perspectiva empurrou seu índice de aprovação para um ponto perigosamente baixo. A oposição dos republicanos é previsível, mas mais de dois terços dos independentes agora também desaprovam o desempenho do presidente, e quase metade desaprova fortemente.
Entre os democratas, seu índice de aprovação é de 70%, um número relativamente baixo para um presidente – especialmente com as eleições de meio de mandato em vista, quando atrair os democratas às urnas para manter o controle do Congresso. Além disso, apenas 26% dos eleitores democratas disseram que o partido deveria renomeá-lo em 2024.
Biden disse repetidamente que pretende concorrer à reeleição em 2024. Aos 79 anos, ele já é o presidente mais velho da história do país, e as preocupações com sua idade estão no topo da lista de eleitores democratas que querem uma alternativa.
A reação contra Biden e o desejo de seguir uma nova direção foram particularmente agudos entre os eleitores mais jovens. Na pesquisa, 94% dos democratas com menos de 30 anos disseram que prefeririam um candidato diferente.
O emprego e a economia são os maiores problemas do país de acordo com 20% dos eleitores, com a inflação e o custo de vida (15%) logo atrás, já que os preços estão subindo no ritmo mais rápido em uma geração. Um em cada 10 eleitores apontou o estado da democracia americana e a divisão política como a questão mais premente, quase a mesma parcela que nomeou as políticas de armas, depois de vários tiroteios em massa.
Mais de 75% dos eleitores na pesquisa disseram que a economia era “extremamente importante” para eles. E, no entanto, apenas 1% classificou as condições econômicas como excelentes.
Um vislumbre de boa notícia para Biden é que, segundo a pesquisa, ele tem vantagem na uma revanche hipotética em 2024 com o ex-presidente Donald Trump: 44% a 41%. As dúvidas em relação ao atual presidente desaparecem em um cenário de concorrência contra Trump: 92% dos democratas disseram que escolheriam Biden.
A pesquisa entrevistou 849 eleitores registrados em todo o país. Foi realizada de 5 a 7 de julho, após a decisão da Suprema Corte de 24 de junho de derrubar o direito ao aborto legal.