Relâmpago: Assine Digital Completo por 2,99

Maior da Europa, economia da Alemanha encolhe pelo segundo ano seguido

PIB caiu 0,2% no ano passado, após uma contração de 0,3% em 2023, algo inédito desde o início dos anos 2000; Tarifaço de Trump deve piorar situação

Por Redação Atualizado em 15 jan 2025, 11h22 - Publicado em 15 jan 2025, 09h26

A economia da Alemanha, a maior da Europa, encolheu pelo segundo ano consecutivo em 2024, segundo dados oficiais divulgados nesta quarta-feira, 15, ressaltando os desafios da nação para retomar o crescimento — um mau presságio para todo o continente. O produto interno bruto (PIB) alemão caiu 0,2% no ano passado, de acordo com o Escritório Federal de Estatística do país, após uma contração de 0,3% em 2023.

É a primeira vez desde o início dos anos 2000, quando a Alemanha lutava contra altos índices de desemprego, que a economia encolheu por dois anos consecutivos, de acordo com Carsten Brzeski, chefe global de macroeconomia do banco pan-europeu ING.

Os dados vêm poucas semanas antes de eleições críticas, antecipadas para fevereiro após o colapso da coalizão que governava o país no fim do ano passado, devido a desentendimentos (em especial entre o chanceler Olaf Scholz e seu ministro das Finanças) sobre como fortalecer a economia do país.

“A esperança é que qualquer novo governo alemão decida sobre um plano de longo prazo para reformas econômicas e investimentos”, escreveu Brzeski em declaração.

O caso Volks

Os problemas da economia alemã são exemplificados pela crise na maior fabricante do país, a Volkswagen. Em dezembro, a montadora anunciou mudanças radicais nas operações em sua terra natal, incluindo cortes de mais de 35.000 funcionários e planos de transferir parte da produção para o México.

Continua após a publicidade

Assim como a Volkswagen, a Alemanha luta com altos custos trabalhistas, crescimento débil da produtividade e concorrência da China. O país também não pode mais depender da demanda por suas exportações para Pequim, que está cada vez mais produzindo localmente muitos dos bens que costumava importar da Europa.

De acordo com Brzeski, a produção industrial alemã permanece cerca de 10% abaixo dos níveis pré-pandemia. A promessa de um tarifaço quando Donald Trump assumir a presidência dos Estados Unidos podem piorar a situação devido ao iminente impacto nas exportações alemãs, além da possível transferência da produção para o território americano, que pode reduzir investimentos em Berlim.

No mês passado, o banco central da Alemanha afirmou que a estagnação econômica continuaria neste ano e o PIB só começaria a se recuperar lentamente ao longo de 2025.

Continua após a publicidade

Os dados são um mau presságio para a economia europeia em geral, que também não se recuperou totalmente após a pandemia e pode enfrentar um relacionamento mais turbulento com um de seus maiores parceiros comerciais, os Estados Unidos, nos próximos quatro anos.

Dados do escritório de estatísticas da União Europeia mostraram na quarta-feira que a produção industrial nos 20 países da zona do euro aumentou ligeiramente em novembro em comparação com outubro. Ainda assim, permanece 9% abaixo do nível de sete anos atrás, em parte como resultado dos preços altos no setor de energia devido à guerra na Ucrânia, de acordo com a Capital Economics.

“Pesquisas sugerem que a produção permanecerá moderada nos próximos meses”, escreveu o economista da consultoria para a Europa Adrian Prettejohn em nota. “Além disso, os revezes estruturais enfrentados pelo setor automotivo da Alemanha pesarão na produção industrial da zona do euro por algum tempo ainda.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

ECONOMIZE ATÉ 82% OFF

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 2,99/mês

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$35,88, equivalente a R$ 2,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.