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Macron pressiona Merkel a aceitar reforma fiscal da UE

Chanceler alemã é criticada por manter "fetichismo perpétuo" em questões orçamentárias; francês quer mais flexibilidade na Eurozona

Por Da Redação
10 Maio 2018, 13h26

O presidente da FrançaEmmanuel Macron, apelou nesta quinta-feira à chanceler alemã, Angela Merkel, que aceite o plano de reformas ambiciosas na União Europeia e descarte o “fetichismo perpétuo” da Alemanha por excedentes orçamentários.

“Não esperemos mais! Vamos agir agora!”, declarou Macron, ao receber o prêmio Carlos Magno, concedido por seu compromisso pró-europeu, na localidade alemã de Aachen. Merkel estava na plateia.

Macron e Merkel estão envolvidos há semanas em complicadas negociações para  finalizar acordo sobre  projetos de reforma da União Europeia motivados pela saída do Reino Unido do Bloco (Brexit). A intenção de ambos é apresentar uma proposta comum na cúpula europeia, marcada para o final de junho.

As conversas estão travadas, especialmente sobre a proposta francesa de dotar a Eurozona de um orçamento de investimentos para estimular o crescimento econômico regional.

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Macron aproveitou a premiação para expor sua crescente impaciência. “Não sejamos fracos e escolhamos”, insistiu, em discurso.  “Acredito em um orçamento europeu muito mais ambicioso (…) Acredito em uma zona euro mais integrada, com um orçamento próprio.”

Com palavras de uma dureza incomum, Macron atacou a timidez da Alemanha diante dos gastos e do investimento.

“Na Alemanha, não pode haver um fetichismo perpétuo com os excedentes orçamentários e comerciais porque eles serão feitos às custas dos demais”, atacou.

O governo de Merkel tem fortes reservas a esse respeito, porque teme pagar pelos descontroles fiscais de outros membros da União Europeia, como se deu ao longo da última crise. à frente de um novo governo, a chanceler alemã acaba de confirmar uma meta fiscal ultraortodoxa para seu país: déficit zero nos próximos anos.

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Merkel reconheceu que o futuro da Europeu é motivo de polêmica com a França, mas insistiu ser a favor de uma Eurozona “mais resistente às crises”.

“Sim, mantemos conversas difíceis”, admitiu ela, durante a premiação. “Temos culturas políticas e formas de abordar os temas europeus diferentes”, completou.

 

 

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