Macron e Merkel pedem a Putin que apoie trégua na Síria
Rússia vetou na ONU o texto que buscava estabelecer cessar-fogo na região rebelde síria de Guta Oriental
Por Da redação
23 fev 2018, 16h29
O Conselho de Segurança da ONUcontinua lutando para chegar a um acordo para uma trégua de 30 dias na Síria, depois de uma série de impasses entre os autores da proposta e a diplomacia russa.
A carta foi divulgada pouco depois que Macron pediu a seus colegas europeus, no início da cúpula informal da União Europeia em Bruxelas, para que se mobilizem e apoiem a adoção de uma resolução da ONU para um cessar-fogo no conflito sírio.
De Moscou, o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, se mostrou hoje disposto a aprovar a resolução, desde que hajam garantias de cumprimento do cessar-fogo pelas duas partes do conflito.
O presidente rotativo do Conselho de Segurança, Mansour al Otaibi, confirmou as intenções de Lavrov e afirmou que os membros do órgão estão “muito perto” de um acordo. “Ainda estamos trabalhando na linguagem de alguns parágrafos, mas estamos quase lá”, declarou Al Otaibi a jornalistas.
Segundo o diplomata, a expectativa é que, após vários atrasos, o projeto de resolução seja votado nesta sexta às 14h30 (horário de Nova York, 16h30 de Brasília). Kuwait e Suécia são os principais impulsores da iniciativa e contam com o apoio dos demais membros eleitos do Conselho e das potências ocidentais.
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O órgão está há cerca de duas semanas discutindo esta resolução, mas os apelos internacionais por uma trégua se intensificaram nos últimos dias por conta do alto número de mortes — mais de 400 — deixadas pelos bombardeios do regime sobre Guta Oriental.
O Exército sírio tem sido fortemente criticado por sua atuação na região, que é o último reduto controlado pelos rebeldes perto da capital Damasco. A ofensiva das forças de Bashar Assad tem feito muitas vítimas civis, apesar das constantes declarações do governo de Damasco garantindo que tem como alvo apenas militantes e grupos rebeldes.
Grupos de monitoramento e ONGs de direitos humanos denunciam irregularidades nos ataques do Exército sírio desde o início da guerra.
(Com EFE)
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