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Macron corrige Trump e cria saia-justa durante coletiva na Casa Branca

Presidente francês viajou a Washington para conversas sobre a guerra na Ucrânia

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 25 fev 2025, 09h53

O presidente francês, Emmanuel Macron, se considera uma espécie encantador de serpentes quando se fala em Donald Trump. Seu comportamento cuidadoso com o presidente americano foi exibido na segunda-feira 24, durante uma coletiva de imprensa em que o líder europeu temperou generosamente suas falas com muitos “obrigados” e chamando o anfitrião de “querido Donald”. Mas criou uma saia-justa ao corrigir, ainda que muito casualmente, o colega em uma das questões mais urgentes no cenário global.

Durante a entrevista no Salão Oval, Trump quando ele sugeriu que a ajuda militar e financeira que a Europa ofereceu à Ucrânia ao longo da guerra contra a Rússia foi apenas um empréstimo, e que as nações europeias receberiam “seu dinheiro de volta”. Enquanto isso, ele disse, os Estados Unidos não foram compensados pela assistência.

Não é verdade, e Macron corrigiu o homólogo americano na hora. Com cuidado, tocou seu braço, disse um “se me permite…”, e disse que, na realidade, a Europa tirou a ajuda a Kiev do próprio bolso.

“Não, para ser franco, nós pagamos. Pagamos 60% do esforço total”, disse Macron, negando que os ativos russos congelados em bancos europeus tenham sido usados como pagamento do suposto empréstimo.

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No total, a Ucrânia recebeu aproximadamente 267 bilhões de euros em ajuda nos últimos três anos. A Europa como um todo ultrapassou os Estados Unidos nas contribuições, alocando 70 bilhões de euros em ajuda financeira e humanitária, bem como 62 bilhões de euros em ajuda militar. Washington, por sua vez, destinou 64 bilhões de euros à ajuda militar, bem como 50 bilhões de euros em alocações financeiras e humanitárias.

Sem graça, Trump disse apenas: “Quem quiser acreditar, acredite.”

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Macron voou para Washington na segunda-feira em uma missão de emergência para reparar a amarga rixa entre Trump e o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na esperança de definir um novo curso para as negociações para encerrar a guerra na Ucrânia. Na segunda-feira, os Estados Unidos se juntaram à Rússia, Coreia do Norte e Irã na votação contra uma resolução das Nações Unidas condenando a invasão russa.

O próprio Trump assumiu uma postura mais beligerante em relação a vários aliados históricos dos Estados Unidos, lançando ameaças à Groenlândia, o Canal do Panamá e até ao Canadá, além de afirmar que não iriam mais ajudar a Ucrânia sem algum tipo de pagamento. Mais especificamente, acesso privilegiado para empresas americanas aos valiosos minerais de terras-raras em seu território.

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