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Lula teve papel essencial para negociação entre Ucrânia e Rússia, diz chanceler a VEJA

Ministro das Relações Exteriores ucraniano, Andrii Sybiha, disse esperar 'papel mais ativo do Brasil' e detalhou 'nova etapa' da guerra

Por Caio Saad, de Kiev
Atualizado em 14 set 2025, 13h45 - Publicado em 14 set 2025, 10h00

Em meio a uma escalada sem precedentes da guerra, com o primeiro bombardeio da Rússia a um prédio governamental da Ucrânia e incursões de drones de Moscou em espaço aéreo polonês, o ministro das Relações Exteriores ucraniano, Andrii Sybiha, disse em entrevista que seu país “conta com um papel mais ativo do Brasil” para esforços de paz, reconhecendo e elogiando participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nas negociações entre Kiev e Moscou.

“Nós temos bons contatos. E nós realmente esperamos que a voz do Brasil também contribua para fazer a paz mais clara”, disse Sybiha a um pequeno grupo de jornalistas de países de língua portuguesa, do qual VEJA fez parte, no Ministério das Relações Exteriores ucraniano, em Kiev, na quarta-feira 10. Por questões de segurança, a pedido do governo ucraniano, a entrevista só pôde ser publicada neste domingo, 14.

O chanceler detalhou ainda um pedido feito ao governo brasileiro para que Lula falasse com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, sobre um encontro que aconteceu entre ucranianos e russos em Istambul.

“Agradecemos muito ao presidente Lula porque ele tentou ajudar a fazer negociação com a Rússia. Nós pedimos que ele falasse com Putin para fazer esse encontro e ele aceitou esse pedido e falou”, disse. “Isso foi antes do encontro em Istambul. O presidente do Brasil ligou para Putin e esperamos que ele continue, da mesma forma, ajudando a organizar encontros entre Rússia e Ucrânia”.

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Apesar do esforço diplomático, para o chanceler ucraniano é importante também que o Brasil tenha uma posição clara para impedir que a Rússia instrumentalize os Brics para legalizar e justificar a agressão ao país vizinho. “O Brasil pode forçar a Rússia a não atacar instalações civis e não atacar instalações de infraestrutura, especialmente no início do inverno, porque são crimes de guerra. O Brasil pode nos ajudar a parar isso”.

“Nova etapa”

Em relação aos desenvolvimentos mais recentes, o chanceler disse entender que “estamos em uma nova etapa da guerra”.

“O lado russo atacou pela primeira vez, desde o início da agressão em larga escala, um prédio do governo. Eles atacaram um prédio do governo com um míssil. Não foi um drone, foi um míssil lançado com intenção. O que isso significa? A mudança da escala. Essa é a resposta sobre nossos esforços de paz”, afirmou.

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Em 7 de setembro, a Rússia lançou mais de 810 drones e 13 mísseis balísticos e de cruzeiro em diversas regiões da Ucrânia. Um dos mísseis — um Iskander — atingiu o prédio do gabinete de ministros, provocando um incêndio e destruindo boa parte de um andar. Pouco depois, na madrugada da quarta-feira, 10, a Força Aérea polonesa abateu drones que violaram seu espaço aéreo, representando a primeira vez em que um membro da Otan reagiu a uma operação da Rússia desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro de 2022.

“Eles estão testando a reação da Otan, dos países do Ocidente e de nossos vizinhos. Nossa mensagem é muito simples: uma reação forte. Mais sanções, mais medidas decisivas”, disse. “Vladimir Putin deve entender que ele não vai alcançar os objetivos de estratégia na Ucrânia”.

Para Sybiha, reuniões recentes em Washington e no Alasca, promovidas pelo presidente americano, Donald Trump, abriram oportunidades para que um cessar-fogo seja alcançado, mas a Ucrânia não aceitará “nenhuma fórmula, nenhuma iniciativa que seja oposta à integridade territorial e soberania ucraniana”.

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“Estamos prontos para um cessar-fogo. A nossa lógica é que, depois do cessar-fogo, teremos oportunidade para uma negociação de paz mais ampla”, afirmou. “O presidente (Volodymyr) Zelensky também está pronto para se encontrar com Putin e discutir questões mais sensíveis”.

Apesar da disposição por parte de Kiev, “não há sinais de qualquer intenção da Rússia em negociar seriamente”. Ao contrário disso, argumenta o ministro, “eles aumentaram a operação ofensiva”, o que exige uma reação forte.

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