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Lula recebe presidente do Equador e alfineta Trump: ‘Firmeza na defesa da independência’

Trata-se da primeira vez em quase 18 anos que um líder equatoriano visita o Brasil

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 ago 2025, 16h58

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) recebeu nesta segunda-feira, 18, o seu homólogo do Equador, Daniel Noboa, no Palácio do Planalto, em Brasília. Trata-se da primeira vez em quase 18 anos que um líder equatoriano visita o Brasil. No encontro, os dois assinaram memorandos de entendimento sobre combate à fome e à pobreza, além de acordos de cooperação “na área de inteligência artificial e capacitação de profissionais em infraestruturas de computação de alto desempenho”, informou o governo brasileiro.

“Em um cenário global desafiador, em que a rivalidade se agrava e instituições multilaterais são ameaçadas, é preciso firmeza na defesa da nossa independência”, disse Lula, no que soou como uma indireta às decisões do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que taxou em 50% produtos brasileiros e sancionou o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). “Para o Brasil, autonomia é sinônimo de diversificação de parcerias. Essa visita do presidente (Noboa) simboliza o relançamento da nossa relação bilateral.”

Os pactos buscam incentivar “políticas públicas sobre agricultura familiar, desenvolvimento agropecuário e rural sustentáveis, transição agroecológica, circuitos curtos de comercialização, sistemas públicos de abastecimento de alimentos, aumento da produção da agricultura orgânica e redução das perdas e desperdício”, segundo o Planalto. Em meio ao estreitamento dos laços, Noboa, de centro-direita, salientou que é preciso fortalecer a América Latina, amenizando as diferenças ideológicas na região.

“É importante vermos a América Latina como uma região única e temos uma oportunidade de ouro para torná-la uma potência. Uma potência na área de justiça e de dignidade, e oferecer aos nossos filhos uma vida melhor, assim como aos nossos netos e assim por diante. E são esses assuntos que nos unem aqui”, disse ele.

“As discussões ideológicas são página virada. Nós precisamos procurar soluções para as pessoas. Precisamos procurar entender quais são as prioridades da sociedade. Uma sociedade que convive com urgências muito sérias e que, juntos, seremos capazes de combater”, acrescentou.

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Comércio e combate ao crime

Em 2024, o fluxo comercial entre os dois países somou US$ 1,1 bilhão, com exportações brasileiras estimadas m US$ 970 milhões. Entre as principais importações do Brasil a partir do Equador, estão “chumbo; resíduos de metais de base não ferrosos e de sucata; pescados, crustáceos, moluscos e invertebrados aquáticos; artigos de confeitaria; e chapas, folhas, películas, tiras e lâminas de plástico”. Em meio ao superávit em favor do Brasil, Lula disse que estava disposto a “trabalhar por um comércio mais equilibrado”.

Além disso, os líderes destacaram a importância do trabalho em conjunto contra o crime organizado. O petista presidente brasileiro disse que reforçou ao Noboa “a oferta brasileira de cooperação em segurança pública”, continuando: “Vamos reabrir a adidância da Polícia Federal em Quito e já promovemos treinamento sobre a investigação de crimes financeiros. Podemos fazer muito mais, desde ações para coibir atividades criminosas dentro de prisões até operações para reprimir o contrabando de armas”.

Lula também voltou a criticar gigantes da tecnologia e afirmou que os dois conversaram sobre a “urgência com que o governo e a sociedade brasileiro vêm procurando enfrentar a criminalidade na esfera digital”, definida por ele como “o grande desafio contemporâneo de todos os Estados”. O petista defendeu, então, que “as redes digitais não devem ser terra sem lei, em que é possível atentar impune contra a democracia, incitar o ódio e a violência”.

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