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Lula critica Trump por negociação de paz que ouve a Rússia mas não a Ucrânia

Tratativas na Arábia Saudita entre Moscou e Washington por iniciativa do presidente dos EUA não convidaram Volodymyr Zelensky

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 fev 2025, 16h16

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou nesta quarta-feira, 19, as negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, iniciadas na véspera na Arábia Saudita, por não incluírem representantes de Kiev e da União Europeia. O petista também disse que o Brasil não enviará soldados para compor uma força de paz internacional que serviria como garantia de segurança ao país invadido.

As declarações foram feitas ao lado do primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, em visita ao Palácio do Planalto. O português criticou a iniciativa do homólogo americano, Donald Trump, nas negociações para o fim da guerra e disse que é preciso chamar os dois países envolvidos no conflito bélico à mesa, e Lula ecoou.

Segundo o brasileiro, não é possível iniciar tratativas buscando apenas o lado de Vladimir Putin, o presidente da Rússia.

“Eu também acho errado”, disse Lula. “Não é nem chamar só o Putin ou chamar só o Zelensky. Tem que chamar os dois e colocar na mesa de negociação e encontrar um denominador comum que possa reestabelecer a paz.”

O petista afirmou ainda que o Brasil tem a tradição de trabalhar promover sempre a paz. Por isso, segundo o ele, repudiou a invasão da Ucrânia, “o genocídio na Faixa de Gaza” e os bloqueios econômicos contra os regimes de Venezuela e Cuba. E também por isso afirmou que não enviará soldados para o Leste Europeu.

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Concessões à Rússia

Os líderes europeus estão cada vez mais temerosos de que Trump esteja dando concessões demais à Rússia em sua busca pelo acordo com a Ucrânia, que ele prometeu selar antes mesmo de assumir o cargo. Mas o republicano insiste em que seu único objetivo é a “paz”. para acabar com o maior conflito bélico na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Depois de um telefonema de noventa minutos entre os líderes americano e russo na semana passada, Pete Hegseth, secretário da Defesa dos Estados Unidos, proclamou que seria “irrealista” restaurar a integridade territorial ucraniana no âmbito de um armistício e descartou a entrada do país na Otan, jogando a responsabilidade de dar garantias de segurança a Kiev para a Europa. Essencialmente, deu o pontapé inicial ao processo de paz nos termos de Putin. 

Zelensky, nesta quarta, rejeitou fazer amplas concessões à Rússia, dizendo que qualquer ideia desse tipo é rejeitada pelos ucranianos. Ele sublinhou que Moscou continua sendo “a parte culpada” e que “não dá para maquiar” sua responsabilidade pela guerra.

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“Ninguém na Ucrânia confia em Putin. Precisamos de garantias claras de segurança”, disse ele, desafiando o enviado de Trump para a Ucrânia, Keith Kellogg, que está em visita a Kiev, a ir falar com a população.

“Deixe-o andar por Kiev e outras cidades. Pelo menos 20%, 30% da capital está desaparecida, pois foi destruída”, afirmou sobre Kellogg. “Deixe-o perguntar sobre Trump, o que as pessoas pensam sobre Trump após suas declarações. É importante que ele veja por si mesmo o que está acontecendo.”

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