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Lukashenko: Rússia pode colocar ogivas nucleares estratégicas em Belarus

Enquanto Putin já havia sinalizado possibilidade de pequenos armamentos, discurso do presidente bielorrusso abre espaço para mísseis intercontinentais

Por Da Redação Atualizado em 31 mar 2023, 14h16 - Publicado em 31 mar 2023, 14h15

O presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, afirmou nesta sexta-feira, 31, que armas nucleares estratégicas russas podem ser implantadas no país junto com parte do arsenal nuclear tático da Rússia. A declaração, vista como um aumento do tom, segue a fala de Vladimir Putin de que pretende implantar armas nucleares táticas na aliada vizinha.

As armas nucleares táticas foram projetadas para serem usadas no campo de batalha, como para combater blindados e formações de infantaria, e são menores do que as armas nucleares estratégicas, como ogivas carregadas em mísseis balísticos intercontinentais.

Durante seu discurso, Lukashenko mencionou que a implantação do arsenal russo é prevista dentro do país. No cargo desde 1994, o presidente afirmou ainda que as potências ocidentais querem destruir Belarus e a Rússia.

“Putin e eu decidiremos e introduziremos aqui, se necessário, armas estratégicas, e eles devem entender isso, os canalhas do exterior, que hoje estão tentando nos explodir por dentro e por fora”, disse. “Não vamos parar por nada para proteger nossos países, nosso estado e seus povos. Estas são as nossas armas e vão contribuir para garantir a soberania e a independência”.

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O líder de Belarus aproveitou a oportunidade para pedir um cessar-fogo na Ucrânia. Para ele, uma trégua deve ser anunciada sem quaisquer pré-condições, e todos os movimentos de tropas e armas devem ser interrompidos.

Belarus e Rússia intensificaram sua cooperação desde o início da guerra na Ucrânia, em fevereiro do ano passado. Os militares russos usaram suas tropas e mísseis estacionados no país vizinho, embora nenhuma tropa de Belarus esteja participando ativamente dos combates.

Após o fim da União Soviética, em 1991, Belarus, Ucrânia e Cazaquistão abandonaram as armas nucleares. Sob o chamado Memorando de Budapeste, que acompanhou a entrega das armas, Estados Unidos, Reino Unido e a própria Rússia concordaram em respeitar a integridade territorial desses países.

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Sobre isso, Lukashenko afirmou que o país não queria ter perdido suas armas nucleares, mas foi pressionado pelo então presidente russo Boris Yeltsin. A Ucrânia já usou o Memorando de Budapeste para protestar contra a anexação da Crimeia pela Rússia, em 2014. Segundo Kiev, a invasão viola os termos do acordo.

O anúncio feito por Lukashenko nesta sexta-feira sobre a possibilidade de armas nucleares foi criticado pelo Ocidente, já que Belarus faz fronteira com três países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan): Letônia, Lituânia e Polônia.

A Alemanha veio a público afirmar que o anúncio russo era uma forma de intimidação usando as armas nucleares. Segundo o país, esse tipo de retórica é “irresponsável”. Além disso, a porta-voz da Chancelaria do país, Andrea Sasse, deixou claro que o país não vai ser influenciado a deixar de apoiar a Ucrânia durante a invasão.

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