Luigi Mangione é formalmente acusado por assassinato de CEO em Nova York
Morte de Brian Thompson, de 50 anos, ocorreu do lado de fora de um hotel em Manhattan na manhã de 4 de dezembro

Luigi Mangione foi formalmente acusado nesta terça-feira, 17, pelo assassinato de Brian Thompson, CEO da UnitedHealthcare, ocorrido em 4 de novembro, nos Estados Unidos. As acusações foram elevadas para homicídio em primeiro grau após votação de um grande júri em Nova York, anunciaram os promotores. Ele também foi indiciado duplamente por homicídio de segundo grau como um crime de terrorismo e, se condenado, o homem de 26 anos pode enfrentar pena de 15 anos de prisão à perpétua.
“Este foi um assassinato assustador, bem planejado e direcionado, que tinha a intenção de causar choque, atenção e intimidação”, disse o promotor público de Manhattan, Alvin Bragg, durante coletiva. “Ocorreu em uma das partes mais movimentadas da nossa cidade, ameaçando a segurança de moradores locais e turistas, e também de viajantes e empresários que estavam apenas começando o dia”.
No momento, Mangione permanece detido na Pensilvânia, onde enfrenta acusações de posse de arma fantasma, como são chamadas as que são produzidas por amadores, não rastreável. Ele aceitará a extradição da Pensilvânia para Nova York na próxima audiência, marcada para esta quinta-feira, 19, antecipou sua advogada, Karen Friedman Agnifilo, à emissora americana CNN.
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Entenda o caso
O assassinato de Thompson, 50 anos, ocorreu do lado de fora de um hotel em Manhattan na manhã de 4 de dezembro. Ele foi baleado pelas costas e o atirador fugiu de bicicleta até o Central Park, onde pegou um táxi até uma estação de ônibus e fugiu da cidade. Investigadores ainda precisam determinar se ele tinha cúmplices, e se pretendia matar outra pessoa além do CEO da UnitedHealthcare.
Após cinco dias de buscas, o suspeito foi encontrado em Altoona, Pensilvânia, onde parou para comer em uma filial do McDonald’s e foi reconhecido por um cliente e um funcionário, com base nas fotos divulgadas pela polícia. Entre seus pertences, estavam grandes quantias em dinheiro vivo e identidades falsas, as mesmas que a polícia acredita terem sido usadas pelo assassino.
As impressões digitais de Mangione foram comparadas com as encontradas numa garrafa de água e uma embalagem de comida encontradas próximas à cena do crime. Suas digitais também teriam sido detectadas em evidências balísticas no local, disse um oficial com conhecimento da investigação ao jornal americano The New York Times.