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Linha do tempo: os destaques do pontificado do papa Francisco

Francisco e o mundo: como o argentino ampliou os horizontes da Igreja Católica

Por Ernesto Neves Atualizado em 21 abr 2025, 12h41 - Publicado em 21 abr 2025, 11h50

2013 — Início do Papado

13 de março de 2013: Jorge Mario Bergoglio é eleito papa, tornando-se o papa Francisco, o primeiro jesuíta, latino-americano e não europeu em séculos.


2013 a 2015 — Reformas iniciais e gestos simbólicos

15 de março de 2013: Rejeita viver no Palácio Apostólico e decide morar na Casa Santa Marta, reforçando seu estilo simples.

22 a 29 de julho de 2013 – O Brasil foi o primeiro destino internacional do papa Francisco. Em sua visita ao Rio de Janeiro para a Jornada Mundial da Juventude, o pontífice participou de diversos eventos, incluindo uma missa histórica que reuniu cerca de 3,5 milhões de fiéis na praia de Copacabana. Essa foi a única viagem de Francisco ao país até hoje.

24 de novembro de 2013: Publica Evangelii Gaudium, propondo uma Igreja mais missionária e menos centrada em estruturas.

8 de julho de 2014: Visita a ilha de Lampedusa, denunciando o sofrimento dos imigrantes e a “globalização da indiferença”.

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27 de junho de 2015: Anuncia oficialmente a criação do Conselho de Cardeais para a reforma da Cúria.


2015 a 2019 — Encíclicas, viagens e grandes causas

18 de junho de 2015: Lança a encíclica Laudato Si’, sobre a crise climática e a ecologia integral.

19 a 27 de setembro de 2015: Francisco visita Cuba e os Estados Unidos — dois países marcados por décadas de rivalidade. O pontífice tem um papel fundamental na reaproximação diplomática entre as nações, atuando como mediador no processo de retomada das relações bilaterais.

Papa Francisco e Fidel Castro, durante visita do pontífice a Havana, em 2015
Papa Francisco e Fidel Castro, durante visita do pontífice a Havana, em 2015 (Reprodução/Reprodução)
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8 de dezembro de 2015: Início do Jubileu Extraordinário da Misericórdia.

22 de novembro de 2016: De forma permanente, autoriza que todos os sacerdotes católicos possam conceder absolvição a pessoas envolvidas na prática do aborto, incluindo mulheres, médicos e outros profissionais, desde que busquem o sacramento da confissão. A medida reforça a ênfase do pontífice na misericórdia e no acolhimento.

26 de novembro de 2017: Visita Mianmar e Bangladesh, denunciando a crise dos rohingyas.

20 de agosto de 2018: Publica carta aos fiéis sobre os escândalos de abuso sexual, pedindo perdão e ações concretas.

6 a 27 de outubro de 2019: Realiza o Sínodo da Amazônia, reforçando o compromisso com os povos indígenas e a floresta.

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2020 a 2023 — Pandemia e posicionamentos históricos

27 de março de 2020: Reza sozinho na Praça São Pedro, durante a pandemia — imagem marcante de consolo global.

Papa Francisco durante a bênção Urbi et Orbi, na Praça de São Pedro esvaziada pela pandemia
Papa Francisco durante a bênção Urbi et Orbi, na Praça de São Pedro esvaziada pela pandemia (Getty/Getty Images)

3 de outubro de 2020: Publica Fratelli Tutti, encíclica sobre fraternidade e amizade social.

5 a 8 de março de 2021: Em uma das viagens mais delicadas de seu pontificado, visita o Iraque em meio à pandemia de Covid-19 e a um cenário de instabilidade e violência. Durante a visita, ele vai a Mossul, cidade devastada após anos sob o controle do grupo terrorista Estado Islâmico.

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O Papa Francisco participou de uma cerimônia de oração em Mosul, Iraque, em 7 de março de 2021, perto de uma igreja em ruínas em um bairro devastado pela guerra contra o Estado Islâmico
O papa Francisco participou de uma cerimônia de oração em Mosul, Iraque, em 7 de março de 2021, perto de uma igreja em ruínas em um bairro devastado pela guerra contra o Estado Islâmico (Getty/Getty Images)

24 de fevereiro de 2022: Condena veementemente a invasão da Ucrânia pela Rússia, pedindo diálogo e acolhimento aos refugiados.

3 de novembro de 2022: Atendendo a uma solicitação do papa Francisco, o Vaticano anuncia uma mudança na doutrina da Igreja que passa a considerar a pena de morte inadmissível em qualquer circunstância. A decisão reforça o compromisso do pontífice com a defesa da dignidade da vida humana.

5 de janeiro de 2023: Preside o funeral de Bento XVI, papa emérito falecido em 31 de dezembro de 2022, aos 95 anos. A cerimônia, marcada pela sobriedade, entrou para a história como a primeira em que um pontífice em exercício celebra as exéquias de seu antecessor.

12 de março de 2023: Afirma que o voto de celibato sacerdotal — compromisso de não se casar ou manter relações sexuais — pode ser revisto pela Igreja. A declaração provoca desconforto entre setores mais conservadores do catolicismo.

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26 de abril de 2023: Em mais um passo rumo a uma Igreja mais inclusiva, o papa autoriza que mulheres e leigos tenham direito a voto no Sínodo dos Bispos. A medida é vista como um avanço significativo na busca por maior participação e pluralidade dentro da instituição.

18 de dezembro de 2023: O Vaticano autoriza a bênção a casais do mesmo sexo e a pessoas em “situação irregular” — expressão usada para descrever aqueles em uma segunda união após o divórcio. A medida representa um avanço no discurso de acolhimento da Igreja, embora o veto ao casamento homoafetivo permaneça.


2024 a 2025 — Últimos passos e falecimento

4 de janeiro de 2024: Realiza sua última audiência geral pública no Vaticano, com saúde já visivelmente fragilizada.

19 de março de 2024: Comemora 11 anos de papado com missa em tom de despedida, marcada por forte emoção.

21 de abril de 2025: Morre aos 88 anos em Roma, após 12 anos como líder da Igreja Católica. Seu legado é lembrado por gestos de humildade, defesa dos pobres, diálogo inter-religioso e cuidado com o planeta.

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