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Líderes ucranianos pedem calma e dizem que invasão russa não é iminente

Pesquisa do Instituto Internacional de Sociologia de Kiev concluiu que 48% dos ucranianos acreditam que uma invasão nos próximos meses é ameaça real

Por Redação 25 jan 2022, 14h32

Líderes ucranianos buscaram reafirmar nesta terça-feira, 25, que uma invasão da Rússia não é iminente, embora tenham reconhecido que a ameaça é real

No Parlamento, o ministro da Defesa da Ucrânia, Oleksii Reznikov, disse que, “hoje, não há motivos para acreditar” que a Rússia esteja se preparando para invadir iminentemente. Ele destacou que tropas não formaram o que chamou de “grupo de batalha”, que atravessaria a fronteira para dar início à invasão.

“Não se preocupem, durmam bem”, disse. “Não há necessidade de arrumar as malas”.

As declarações de Reznikov seguem diversas garantias do presidente Volodymyr Zelensky e outras altas autoridades. Na segunda-feira, o presidente afirmou em pronunciamento à nação que a situação está “sob controle”, o que foi visto por analistas como uma forma de aliviar preocupações entre cidadãos.

Uma pesquisa do Instituto Internacional de Sociologia de Kiev concluiu que 48% dos ucranianos acreditam que uma invasão nos próximos meses é uma ameaça real. A pesquisa nacional foi conduzida entre 21 e 22 de janeiro, com margem de erro de até 3 pontos percentuais.

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As falas foram feitas poucas horas depois de a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), principal aliança militar ocidental, anunciar envio de forças extras e navios e jatos à região, em apoio à Ucrânia. De acordo com a aliança, o objetivo é intensificar suas presença de “dissuasão” na área do Mar Báltico e diversos membros da organização de 30 países oferecem tropas e equipamentos.

Mais tarde na segunda-feira, o porta-voz do Pentágono, John Kirby, afirmou que cerca de 8.500 soldados americanos foram colocados em alerta para um possível envio ao leste da Europa, em um esforço para tentar conter o aumento de tropas da Rússia na fronteira com a Ucrânia.

A possibilidade de envio de tropas de Washington e o anúncio de envio de equipamentos militares da Otan acontece em meio aos temores ocidentais de que possa haver uma escalada iminente na crise. Apesar de negociações entre representantes americanos e russos, diferenças significativas ainda persistem.

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O Kremlin é contra a possível adesão de Kiev à aliança militar da Otan e vem alertando que uma adesão terá consequências graves. A Otan, por sua vez, afirma que “a relação com a Ucrânia será decidida pelos 30 aliados da Otan e pela Ucrânia, mais ninguém” e acusa a Rússia de enviar tanques, artilharia e soldados à fronteira com a Ucrânia para preparar um ataque.

Os Estados Unidos ameaçam a Rússia, prometendo uma “forte resposta” caso o exército russo invada a Ucrânia. Moscou, do outro lado, negou planos de invadir o país vizinho, mas há intensa movimentação militar na região.

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As avaliações mais recentes da inteligência dos EUA colocam mais de 50 grupos táticos russos enviados dentro e nos arredores da fronteira com a Ucrânia, enquanto a avaliação mais recente do Ministério da Defesa ucraniano diz que a Rússia já enviou mais de 127.000 soldados à região.

Se a invasão de fato acontecer, não será a primeira vez que a Rússia assume o controle de uma região da Ucrânia. Em 2014, o governo de Moscou anexou a Crimeia. A presença de mais de 100 mil soldados russos na fronteira disparou o alarme da Otan, que afirma que o risco de um novo conflito na região é real.

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