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Líder da oposição aumenta retórica anti-imigração após ataque com faca na Alemanha

Pouco antes das eleições de fevereiro, Friedrich Merz promete aumentar deportações e controle na fronteira se eleito; incidente insufla extrema direita

Por Redação 23 jan 2025, 16h46

O líder da oposição alemã, Friedrich Merz, se comprometeu nesta quinta-feira, 23, a endurecer as políticas de imigração e segurança caso seja eleito chanceler. A promessa foi feita um dia após um ataque com faca em Aschaffenburg, no sul da Alemanha, onde duas vítimas perderam a vida. O suspeito, um homem afegão de 28 anos, foi preso em flagrante.

À frente nas pesquisas com sua aliança conservadora de centro-direita, Merz declarou que não permitirá que episódios como o de Aschaffenburg se tornem corriqueiros no país. Ele disse que “todos os imigrantes ilegais” deveriam ser expulsos, incluindo pessoas que buscam proteção, e que estava pronto para proibir a entrada de todos aqueles sem documentos válidos.

Além disso, o conservador defendeu um aumento no número de centros de detenção para ilegais, utilizando locais como armazéns desocupados ou quartéis desativados. Ele propôs ainda que imigrantes irregulares detidos pela polícia cometendo crimes e que se recusarem a deixar o país “devem ser levadas sob custódia e deportadas o mais rápido possível”.

Merz aproveitou para chamar as leis de asilo e migração da União Europeia de “disfuncionais”. O líder oposicionista garantiu que, se for eleito, instituirá controles permanentes nas nove fronteiras da Alemanha com seus países vizinhos.

Ascenção da extrema direita

O ataque em Aschaffenburg se soma a uma série de incidentes violentos em toda a Alemanha, que tem gerado crescente pressão por medidas de segurança mais rigorosas. Esse clima favoreceu o fortalecimento da extrema direita, com o partido Alternativa para a Alemanha (AfD), fiscalizado pelas autoridades devido a inclinações neonazistas, subindo para o segundo lugar nas pesquisas.

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Em resposta ao ataque, o chanceler Olaf Scholz, do Partido Social-Democrata, que ocupa o terceiro lugar nas pesquisas, convocou uma reunião de emergência com sua ministra do Interior, Nancy Faeser, além dos chefes da polícia e serviços de inteligência do país. Scholz condenou o que chamou de “ato de terror inacreditável” e expressou frustração com a recorrência de atos violentos cometidos por indivíduos que chegaram à Alemanha em busca de proteção.

Faeser, por sua vez, reconheceu que o sistema da União Europeia — que estipula que os pedidos de asilo sejam processados no país onde o imigrante entra — não tem funcionado adequadamente, embora tenha defendido as ações de deportação de seu ministério. Ela também alertou Merz para não usar o ataque como um trampolim político, argumentando que isso beneficiaria a extrema direita diante das eleições de fevereiro, convocadas após a coalizão de Scholz colapsar no ano passado.

O prefeito de Aschaffenburg, Jürgen Herzing, condenou a ideia de responsabilizar um grupo nacional inteiro pelo ato de um único indivíduo. Ele pediu que, apesar da raiva e da tristeza, a sociedade evite que esse episódio se transforme em mais violência e ódio.

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