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Kim dá novos sinais de que quer segundo encontro com Trump

Ditador da Coreia do Norte tenta acelerar negociações de paz com Seul e retomar a agenda de desnuclearização com os EUA

Por Da Redação
Atualizado em 18 set 2018, 19h48 - Publicado em 18 set 2018, 17h34

O ditador da Coreia do Norte, Kim Jong-un, disse nesta terça-feira 18 que seu “histórico” encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, em junho, estabilizou a segurança regional. Kim afirmou também esperar mais progressos nas suas negociações com a Coreia do Sul sobre a desnuclearização da península.

Entre esta terça e quinta-feira, Kim manterá encontros com o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, em Pyongyang, para avançar na agenda de pacificação. Essa reunião será um teste decisivo para outro movimento planejado pelo ditador – o segundo encontro com Trump.

Em carta enviada à Casa Branca na semana passada, Kim indicou sua vontade de mais uma vez reunir-se ao presidente americano, que havia posto as negociações bilaterais em banho-maria. Trump gostou da iniciativa e trabalha com Pyongyang em torno de uma data no fim deste ano.

A perspectiva dos três presidentes é colocar um ponto final na Guerra da Coreia, que, desde 1953, está suspensa por uma trégua. Mas também alcançar um acordo definitivo sobre o fim do programa militar nuclear da Coreia do Norte e da presença militar – inclusive nuclear – americana na região. Como consequência, as sanções econômicas dos Estados Unidos e outros países a Pyongyang deverão ser suspensas.

Na abertura da terceira rodada de negociações entre as duas Coreias, em Pyongyang, Kim agradeceu a Moon por ter intermediado o seu encontro com Trump, em Singapura. “Graças a isso, a situação política na região se estabilizou, e espero resultados mais avançados”, disse a Moon, que expressou gratidão pela “ousada decisão de Kim de abrir uma nova era”.

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A primeira sessão de negociações desta terça, que durou duas horas, foi realizada na sede do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores do Norte, com as presenças do vice-presidente do partido, Kim Yong Chol, e de Kim Yo Jong, irmã de Kim Jong-un, e também com o assessor de segurança nacional da Coreia do Sul, Chung Eui-yong, e o chefe de espionagem sul-coreano, Suh Hoon.

Kim recebeu Moon com abraços e apertos de mão quando o líder sul-coreano desembarcou na capital norte-coreana com a missão de retomar o ritmo de conversas de desnuclearização entre Estados Unidos e Coreia do Norte, e de avançar com a possibilidade de encerrar formalmente a Guerra da Coreia.

Enquanto Kim acompanhava Moon à residência destinada a convidados do Estado, onde o presidente sul-coreano ficará hospedado durante sua visita de três dias, Kim disse querer produzir um “resultado maior em um ritmo mais rápido” do que aquele que os dois líderes alcançaram até agora.

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Moon Jae-in e Kim Jong-un
Com roupas tradicionais, cidadãos de Pyongyang acenam com flores e bandeirinhas durante desfile de Kim Jong-un e Moon Jae-in – 18/09/2018 (Pyeongyang Press Corps/AFP)

Os líderes desfilaram pelas ruas de Pyongyang na limusine Mercedes-Benz preta de Kim, em meio a aplausos de quase 100.000 norte-coreanos, que acenaram com flores e gritavam: “Pátria! Unificação!”.

“Você, sr. presidente, está viajando por todo o mundo, mas nosso país é humilde comparado às nações desenvolvidas”, disse Kim a Moon. “Tenho esperado por hoje. O nível da acomodação e do programa que fornecemos pode ser baixo, mas é com nossa melhor sinceridade e coração.”

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Moon disse que é “tempo de dar frutos”, e agradeceu Kim por sua hospitalidade, que incluiu uma enorme cerimônia de boas-vindas no aeroporto internacional de Pyongyang.

(Com Reuters)

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