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Júri afirma que Trump mentiu sobre fraude eleitoral na Georgia

Relatório de grande júri especial que investiga intervenção eleitoral de Trump em 2020 recomendou ainda o indiciamento de testemunhas por perjúrio

Por Da Redação
16 fev 2023, 18h35

As conclusões de um grande júri especial na Geórgia que investigou as ações de Donald Trump no estado após a eleição de 2020 foram parcialmente divulgadas nesta quinta-feira, 16. Um dos destaques foi a declaração cristalina de que o ex-presidente americano mentiu sobre uma fraude eleitoral no estado, solicitando a abertura de um inquérito por perjúrio.

O júri trabalhou de portas fechadas, com 26 membros, e começou a ouvir depoimentos em 1º de junho de 2022. Ao todo, 75 testemunhas, pessoas que desempenharam papéis importantes na eleição de 2020 na Geórgia, foram ouvidas sob juramento.

Por meio da analise de evidencias físicas e digitais, o grande júri chegou a conclusão, por unanimidade, de que não houve uma fraude eleitoral generalizada no estado . Segundo eles, as teorias da conspiração de Trump são infundadas e vão contra o testemunho dos funcionários eleitorais e especialistas.

Essa decisão reitera que o ex-presidente americano estava tentando, deliberadamente, anular os resultados de uma eleição legítima. Por isso, procuradores estaduais estudam a possibilidade de acusar Trump e seus aliados por crimes relacionados ao pleito de 2020.

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Além disso, o grande júri também sugeriu que algumas testemunhas fossem indiciadas por perjúrio. As sugestões foram recomendadas para Fani Willis, primeira mulher na promotoria distrital de Atlanta.

De acordo com o relatório, o perjúrio “pode ter sido cometido por uma ou mais testemunhas que depuseram perante ele (o júri)”. Até o momento, Willis não apresentou nenhuma acusação formal na investigação.

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Trump e seus aliadas afirmaram repetidamente que houve fraude nas eleições presenciais no estado da Georgia. O ex-presidente ainda pressionou autoridades estaduais para uma anulação da sua derrota para o atual presidente, Joe Biden.

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Em um telefonema de uma hora de duração, Trump mandou o secretário de Estado da Geórgia, Brad Raffensperger, “achar” os cerca de 11 mil votos necessários para que o ex-presidente vencesse a disputa presidencial no estado. Trump não estava entre as testemunhas ouvidas, então não pode ser investigado por perjúrio.

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O grande júri especial não pode expedir acusações, mas tem um poder de investigação maior que um júri comum. O tribunal chegou a emitir intimações para depoimentos de testemunhas, e registros de telefonemas e e-mails. Com as recomendações do grande júri sobre as acusações, Willis poderia dar prosseguimento às investigações em outros júris. 

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