Juan Guaidó está no Brasil para se reunir com Bolsonaro nesta quinta
O líder opositor venezuelano tem encontro previsto para as 14h com o presidente brasileiro
Autoproclamado presidente da Venezuela e líder da oposição a Nicolás Maduro, Juan Guaidó desembarcou em Brasília na madrugada desta quinta-feira, 28, em avião da Força Aérea da Colômbia. Ele se encontrará com Jair Bolsonaro em reunião prevista para as 14h, em agenda que também inclui a presença do ministro das relações Exteriores, Ernesto Araújo.
Pela manhã, Guaidó visitou a sede da delegação da União Europeia no Brasil.
Segundo o jornal venezuelano El Nacional, o opositor realiza um tour por diversas nações da região para tratar da crise venezuelana com as lideranças sul-americanas.
Em entrevista para a Globo News, o vice-presidente brasileiro, general Hamilton Mourão, disse que Guaidó “quer mostrar ao povo venezuelano que está sendo recebido pelo presidente da República do Brasil, um país limítrofe por quem os venezuelanos têm um carinho especial”. “Quer dar mensagem de que é reconhecido”, concluiu.
O líder opositor estava na Colômbia desde a última sexta-feira 22, quando atravessou a fronteira para acompanhar as tentativas de ingresso da ajuda humanitária na Venezuela. Na segunda 25, participou da reunião do Grupo de Lima em Bogotá,
Muito se discute se Guaidó conseguirá retornar a seu país, já que o presidente Nicolás Maduro ordenou o fechamento das fronteiras da Venezuela com a Colômbia e com o Brasil. Além disso, o chavista já afirmou que seu opositor responderá na Justiça assim que chegar em Caracas.
Guaidó é investigado pelo procurador-geral chavista Tarek William Saab por suas ações contra “a paz, a economia e o patrimônio” da Venezuela. Como parte do processo, ele foi submetido a medidas cautelares, entre elas a proibição de deixar o país. “Ele não pode simplesmente ir e vir. Ele terá que enfrentar a Justiça e a Justiça o proibiu de deixar o país”, afirmou Maduro na segunda.
O presidente interino, contudo, afirmou nesta terça que “em breve” retornará para seu país com o objetivo de “exercer” funções na Câmara e como chefe de Estado, embora não tenha divulgado uma data exata.
(Com AFP)