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Itália emitirá 500 mil vistos de trabalho para estrangeiros até 2028

Medida é uma resposta à escassez de mão de obra enfrentada pelo país, resultado do inverno demográfico

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 jul 2025, 15h53

O Conselho de Ministros da Itália anunciou nesta segunda-feira, 30, que emitirá quase 500 mil novos vistos de trabalho para cidadãos de fora da União Europeia (UE) no triênio de 2026 a 2028. A medida, na sua segunda edição, é uma resposta à escassez de mão de obra enfrentada pelo país, resultado do inverno demográfico, e leva em consideração, segundo o comunicado, a capacidade italiana de “acolher e integrar trabalhadores estrangeiros nas comunidades locais”.

A burocracia, contudo, pode ser um calcanhar de Aquiles para o êxito do plano. Em 2023, dos 130 mil vistos disponibilizados, apenas 56% receberam as autorizações iniciais. Cerca de 29% conseguiram o documento, mas somente 13% tiveram contratos assinados. Deles, ínfimos 7,5% receberam o sinal verde para a residência efetiva.

A situação não apresentou mudanças significativas em 2024. Espera-se, então, que o cenário seja repetido neste ano. Muitos dos contratos de trabalho são de curta duração, o que também leva à permanência irregular no país. Em entrevista ao jornal diário italiano Il Fatto Quotidiano, o ecretário-geral da Federação Agrícola e Industrial, Onofrio Rota, afirmou que “na agricultura, estima-se que existam mais de 200 mil trabalhadores imigrantes atualmente irregulares no nosso país, justamente por causa de autorizações vencidas e nunca renovadas.”

O conselho, comandado pela primeira-ministra Giorgia Meloni, também endureceu a postura frente à entrada ilegal na Itália. No cerco, o órgão executivo apostou em medidas para acelerar repatriações e restringiu as atividades de instituições de caridade que resgatam imigrantes cujos barcos afundam no Mediterrâneo.

“As cotas foram determinadas levando em consideração as necessidades expressas pelos parceiros sociais e os pedidos reais de autorização de trabalho apresentados em anos anteriores, com o objetivo de um programa que responda às necessidades das empresas e também seja realista”, disse o comunicado do Conselho de Ministros da Itália.

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+ O que muda com as novas regras para cidadania italiana, espanhola e portuguesa; entenda

Pirâmide invertida

O envelhecimento da população e a queda na taxa de natalidade, fenômeno testemunhado por nações desenvolvidas mundo afora, forçam a terceira maior economia da zona do euro a procurar alternativas. Apenas em 2024, foram cerca de 281 mil  mortes a mais do que nascimentos na Itália.

Como resultado, a população caiu para 58,93 milhões, uma redução de 37 mil pessoas, seguindo a tendência da última década. Para controlar o problema, o país precisará receber pelo menos 10 milhões de imigrantes até 2050, de acordo com uma pesquisa do think tank italiano Osservatorio Conti Pubblici.

Em maio, a Câmara dos Deputados da Itália deu aval final ao decreto-lei que restringe o reconhecimento automático da cidadania italiana a descendentes de imigrantes nascidos fora do país. A nova norma altera a Lei da Cidadania de 1992, que até então não estipulava restrições de gerações. Com isso, o direito à cidadania por jus sanguinis, ou seja, por laços sanguíneos, passou a se limitar a até duas gerações nascidas fora da Itália. A proposta foi aprovada com 137 votos favoráveis e 83 contrários.

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