Israel rejeitará entrada de civis sírios em seu território, diz Netanyahu
Premiê israelense ressaltou, no entanto, que o país vai manter ajuda humanitária aos sírios que fogem da ofensiva do ditador Bashar al-Assad
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse neste domingo, 1, que o país vai continuar fornecendo ajuda humanitária aos refugiados sírios que tentam escapar da guerra civil, mas não os receberá em seu território.
O governo israelense enviou toneladas de produtos, como alimentos, roupas e medicamentos, aos civis refugiados na parte síria das Colinas de Golã, depois que eles fugiram dos combates no sul do país comandado pelo ditador Bashar al-Assad.
“Vamos seguir defendendo nossas fronteiras, oferecendo ajuda humanitária enquanto for possível, mas não autorizaremos entradas em nosso território”, afirmou Netanyahu, antes da reunião semanal do conselho de ministros.
O premiê reiterou a exigência para que o Irã se retire militarmente da Síria, medida considerada prioridade pelos israelenses. Israel ocupa desde 1967 uma parte das Colinas de Golã situada na fronteira entre os dois países, que prosseguem em estado de guerra.
Os civis sírios fogem de uma ofensiva do regime de Bashar al-Assad e de seus aliados, iniciada em 19 de junho, para retomar as zonas rebeldes na província de Deraa, sul da Síria.
O exército israelense anunciou que reforçou as tropas na parte israelense de Golã para “enfrentar o que acontece do outro lado da fronteira”. O comunicado afirma que “a política de não intervenção no conflito sírio continua sem mudanças, enquanto a soberania israelense não for questionada ou seus cidadãos não forem ameaçados”.
Sem entrar no conflito, Israel já bombardeou diversas vezes o território sírio, especialmente comboios de armas destinadas que o governo israelense diz serem destinados ao Hezbollah libanês, aliado do regime sírio.