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Israel lançou bomba de 230 kg contra café em Gaza e cometeu crime de guerra, diz jornal

Ao menos 24 pessoas foram mortas, incluindo o fotojornalista Ismail Abu Hatab e da artista Frans al-Salmi, ao passo que duas crianças foram mutiladas

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 3 jul 2025, 12h30

O exército de Israel usou uma bomba de 230 kg no ataque um café lotado na Cidade de Gaza, mostrou uma investigação do jornal britânico The Guardian nesta quinta-feira, 3. Ao menos 24 pessoas foram mortas, incluindo o fotojornalista Ismail Abu Hatab e da artista Frans al-Salmi, ao passo que duas crianças foram mutiladas. A explosão, ocorrida na segunda-feira, configura um crime de guerra, de acordo com especialistas em direito internacional ouvidos pelo veículo.

“É quase impossível entender como o uso desse tipo de munição pode ser justificado. Se estamos falando de 20, 30, 40 ou mais vítimas civis, geralmente esse seria um alvo de altíssima importância… Para as forças da coalizão no Afeganistão e no Iraque, o número aceito para um alvo de altíssima importância era de menos de 30 civis mortos, e somente em circunstâncias excepcionais”, disse Marc Schack, professor associado de direito internacional na Universidade de Copenhague, ao jornal.

Fragmentos do dispositivo fotografados pelo The Guardian foram analisados e identificados por especialistas em armas como parte da bomba americana de uso geral MK-82. As Convenções de Genebra proíbe ataques que causem “perdas incidentais de vidas civis” que sejam “excessivas ou desproporcionais” às vantagens militares.

+ ‘Corpos no chão’: Ataque de Israel a café lotado em Gaza deixa ao menos 24 mortos

Crime de guerra

Embora a determinação seja subjetiva, as Forças de Defesa de Israel (FDI) lançaram uma bomba de grande potência contra um alvo civil — um ato que, por si só, é considerado um crime de guerra pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), em Haia. O café Al-Baqa tinha dois andares, incluindo um terraço, e podia ser visto de cima. Ou seja, era possível identificar que estava lotado e que um ataque causaria um elevado número de vítimas fatais e de feridos.

“O exército israelense não disse exatamente quem era o alvo, mas disse que usou vigilância aérea para minimizar as baixas civis, o que significa que sabia que o café estava lotado de clientes no momento”, afirmou Gerry Simpson, da organização não governamental Human Rights Watch, ao The Guardian.

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As Forças de Defesa de Israel (FDI) investigam o ataque, mas alegaram que neutralizaram “vários terroristas do Hamas no norte da Faixa de Gaza”. Imagens do café mostram poças de sangue, um buraco profundo e o edifício em destroços. O local foi fundado há quase 40 anos e era um ponto de lazer conhecido entre os moradores da Cidade de Gaza.

Um relatório da Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC) apontou, em maio, que quase toda a população da Faixa de Gaza enfrenta “riscos críticos” de fome, mas algumas famílias ainda conseguiam frequentar o café por terem economias. A área portuária onde al-Baqa estava localizado não havia recebido ordens de evacuação emitidas pelas FDI para alertar sobre operações militares iminentes.

 

 

 

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