Israel lança maior ataque da história contra Gaza
Ao todo, os bombardeios já deixaram 770 mortos e mais de 4 mil feridos na faixa onde habitam mais de 2 milhões de pessoas
Israel atacou a Faixa de Gaza nesta terça-feira, 10, com os bombardeios aéreos mais violentos nos 75 anos de história do conflito com os palestinos. O país está devastando distritos inteiros, apesar da ameaça do Hamas de executar um prisioneiro por cada casa atingida. Mísseis atingiram barcos atracados no porto de Gaza.
Tel-Aviv prometeu uma “poderosa vingança” desde que homens armados do grupo terrorista islâmico invadiram suas cidades, deixando as ruas repletas de mortos, no ataque mais mortífero da sua história. Como represália, o governo israelense convocou 300 mil reservistas e colocou Gaza, onde vivem 2,3 milhões de pessoas, sob cerco total.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI), jatos israelenses atingiram mais de 100 alvos na área de Al-Furqan, em Gaza, nesta terça-feira, e mais de 250 na segunda-feira 9. As FDI disseram que também atacaram a área de Rafah, incluindo um túnel subterrâneo usado para “contrabando de armas e equipamentos”.
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“A área (Al-Furqan) serve de centro para a organização terrorista Hamas, a partir da qual foram lançadas operações contra Israel”, afirmou o comunicado das FDI, acrescentando que o país “continuará a operar contra a infraestrutura do Hamas usada para realizar ataques”.
O Ministério da Saúde de Gaza disse que a retaliação de Israel matou pelo menos 770 pessoas em Gaza e feriram mais de 4 mil. Os ataques aéreos já se tornaram os mais intensos da história e houve uma escalada nesta terça-feira.
As Nações Unidas disseram que mais de 180 mil habitantes de Gaza ficaram desabrigados, muitos deles amontoados nas ruas ou nas escolas. Os bombardeios fecharam estradas para equipes de emergência.
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O próximo passo de Israel pode ser uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza, um território que abandonou em 2015 e mantém sob bloqueio desde que o Hamas assumiu o poder em 2007. O cerco total anunciado na última segunda-feira impede até mesmo que alimentos e combustível cheguem à faixa.
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As FDI orientaram civis a abandonarem imediatamente as suas residências para sua segurança e autoridades de Israel chegaram a aconselhar palestinos a fugirem para o Egito. Porém, horas depois, a passagem foi fechada. Segundo Tel-Aviv, não haveria escapatória para os militantes do Hamas.
“Não tem onde se esconder em Gaza”, disse Daniel Hagari, porta-voz militar israelense. “Nós os alcançaremos em todos os lugares.”