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Israel ‘lamenta profundamente’ ataque à única igreja católica de Gaza e promete investigação

Bombardeio com tanques matou três pessoas na paróquia e feriu padre com quem papa Francisco conversava diariamente por telefone

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 18 jul 2025, 08h40 - Publicado em 18 jul 2025, 08h34

Depois que ataques israelenses atingiram a única igreja católica em Gaza, deixando três mortos e vários feridos (incluindo um padre com quem o falecido papa Francisco falava diariamente), o governo de Israel publicou nesta sexta-feira, 18, um comunicado afirmando que “lamenta profundamente” o ocorrido e prometeu abrir uma investigação.

O Patriarcado Latino de Jerusalém, que tem jurisdição sobre os católicos de rito latino em Gaza, confirmou que a Igreja da Sagrada Família, na Cidade de Gaza, foi atacada por Israel na manhã de quinta-feira. A paróquia abrigava cristãos e muçulmanos, incluindo várias crianças com deficiência, de acordo com Fadel Naem, diretor interino do hospital al-Ahli Arab, que recebeu os feridos. Além dos mortos, pelo menos duas pessoas ficaram em estado crítico, disse o médico, e entre os feridos estavam uma criança com deficiência, duas mulheres e um idoso.

Parish Priest of the Holy Family church in Gaza City Fr. Gabriel Romanelli receives care after he was injured in an Israeli strike on the church, at the city's Arab Ahli, also known as Baptist, hospital on July 17, 2025. The Latin Patriarchate of Jerusalem said an Israeli strike on Gaza's only Catholic church injured several people on July 17, including the parish priest, as well as causing damage to the building. (Photo by Omar AL-QATTAA / AFP)
Pároco da Igreja da Sagrada Família na Cidade de Gaza, Gabriel Romanelli, recebe atendimento após ser ferido em um ataque israelense contra a igreja, no hospital Árabe Ahli, também conhecido como Batista. 17/07/2025 – (Omar al-Qattaa/AFP)

“Israel lamenta profundamente que uma munição perdida tenha atingido a Igreja da Sagrada Família em Gaza. Cada vida inocente perdida é uma tragédia”, afirmou o comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. “Israel está investigando o incidente e continua empenhado em proteger civis e locais sagrados”, acrescentou.

Mais de 58 mil pessoas foram mortas em Gaza desde o início do conflito, em outubro de 2023, a maioria civis. Segundo revisão da ONU publicada em novembro do ano passado, cerca de 70% de todas as baixas no enclave envolvem mulheres, crianças e idosos.

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De acordo com telegrama da Santa Sé emitido na quinta-feira, papa Leão XIV está “profundamente entristecido” com o ataque. O secretário de Estado do Vaticano, Pietro Parolin, chamou o ocorrido de “ataque militar” e afirmou que o Santo Padre “reza pelo consolo dos que sofrem e pela recuperação dos feridos”.

O gabinete de Netanyahu disse estar “grato ao papa Leão pelas suas palavras de conforto”.

Um “erro” ou “engano”

Além disso, o primeiro-ministro afirmou em conversa por telefone com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que o incidente na igreja foi um “erro”, segundo a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt. Questionada sobre a opinião de Trump sobre o ataque, Leavitt disse apenas que ele teve “uma reação nada positiva”.

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As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) reconheceram que atingiram a igreja “por engano”.

“Uma investigação inicial sobre relatos de feridos na Igreja da Sagrada Família, na Cidade de Gaza, sugere que fragmentos de um projétil disparado durante uma atividade operacional na área atingiram a igreja por engano”, disse as FDI em comunicado na quinta-feira.

“A causa do incidente está sob investigação”.

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Pierbattista Pizzaballa, Patriarca Latino de Jerusalém, afirmou ao Vatican News que a igreja foi atingida “diretamente” por bombardeios de tanques israelenses. Na quinta-feira, a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, condenou o incidente em termos fortes: “Os ataques contra a população civil que Israel vem realizando há meses são inaceitáveis. Nenhuma ação militar pode justificar tal atitude”.

O pároco de Gaza, Padre Gabriel Romanelli, ficou ferido no ataque, juntamente com vários outros. Romanelli é um argentino que atua em Gaza há quase 30 anos.

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