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Israel intensifica ataques e mata mais dois líderes do Hezbollah; Líbano fala em um milhão de deslocados

Sete lideranças da organização terrorista apoiada pelo Irã já foram eliminadas desde 20 de setembro

Por Ricardo Ferraz Atualizado em 29 set 2024, 13h17 - Publicado em 29 set 2024, 13h06

Os ataques de Israel ao Líbano mataram pelo menos 24 pessoas e deixaram quase 30 outras feridas  na cidade costeira de Sidon, neste domingo, 29, de acordo com o ministério da saúde do país. Foi a primeira vez que a área foi alvo da ofensiva israelense de acordo com a agência de notícias estatal do país.

O exército israelense realizou novos ataques no Líbano hoje, incluindo em Dahiyeh , um subúrbio ao sul da capital, Beirute, e no Vale de Bekaa , no nordeste do Líbano. Foi relatado que a organização libanesa Hezbollah respondeu com ataques  de foguetes à base militar de Ofek, no norte de Israel, tendo como alvo o assentamento israelense de Sa’ar.

Os bombardeios, que o exército sionista classifica como “cirúrgicos” mataram duas lideranças importantes do grupo terrorista Hezbollah, neste domingo. Ali Karaki e Nabil Qaouk perderam a vida após disparos á capital libanesa. A organização terrorista confirmou a morte apenas do primeiro. Ambos estavam na linha sucessória de Hassan Nasrallah, comandante supremo que já havia sido eliminado no sábado.

Os ataques israelenses têm sido muito bem sucedidos no sentido de eliminar lideranças importantes dos inimigos do estado judaico. Entre os mortos, está o Brigadeiro-General Abbas Nilforoushan, vice-comandante do Corpo da Guarda Revolucionária Iraniana. Ele estava na capital Libanesa e foi morto junto com Nasrallah

Segundo Israel, vinte integrantes do Hezbollah morreram, Ali Karaki , líder da frente sul do Hezbollah, e Ibrahim Hussein Jazini , chefe da unidade de segurança de Nasrallah, também esão entre ois eliminados, disse a Força de Defesa de Israel. Ao todo, sete importante lideranças do grupo militante libanês foram mortas desde 20 de setembro.

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O primeiro-ministro interino do Líbano, Najib Mikati pediu ao povo libanês “para se unir” e preservar a ordem civil. Mikati, também afirmou hoje que os esforços ainda estão em andamento para chegar a um acordo político para interromper os combates, dizendo em uma entrevista coletiva que não havia “escolha senão a opção diplomática”.

Até agora, não houve manifestação oficial por parte do Hezbollah sobre sucessão em seu comando e nem sobre o funeral de suas lideranças. Segundo o jornal The New York Times, a ausência de uma retaliação em larga escala pelo grupo contra Israel levam a crer que ele está desmobilizado e com as comunicações comprometidas. Autoridades americanas, contudo, dizem que seria prematuro considerar que o Hezbollah foi derrotado.

Mais de um milhão de deslocados

Os ataques ao Líbano segeum pelo fim de semana. O exército de Israel informou que realizou nesse domingo “um ataque preciso” em Dahiya, área densamente povoada ao sul de Beirute. Vídeos que começam a circular mostram que bairos inteiros da capital do Líbano estão destruídos.

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O primeiro-ministro libanês, Najib Mikati, disse que até um milhão de pessoas podem ser deslocadas de suas casas devido ao conflito e reiterou seu apelo por um cessar-fogo. “O governo está fazendo todo o possível dentro de seus recursos limitados para administrar a crise crescente”, disse ele em comentários relatados pelo ministério da informação do país.

O Programa Mundial de Alimentos, da ONU, anunciou que iniciou uma operação de emergência para fornecer assistência alimentar para as pessoas ques tão em abrigos em todo o Líbano. “Uma aceleração adicional do conflito neste fim de semana ressaltou a necessidade de uma resposta humanitária imediata”, disse a agência.

Estima-se que cerca de 10% da população libanesa, composta por aproximandamente 5 milhões de pessoas, já deixaram sua casas em função da guerra.

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Ministros das Relações Exteriores europeus, incluindo autoridades do Reino Unido, Alemanha e França, intensificaram os apelos por um cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah em meio a temores de que o conflito se espalhe pela região.

 

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