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Israel faz mais de 200 ataques contra Síria, mas diz que não vai invadir

Exército israelense diz que objetivo é destruir as armas e frotas do regime deposto de Assad

Por Redação 10 dez 2024, 08h37

As Forças de Defesa de Israel (IDF, na sigla em inglês) realizaram mais de 200 ataques contra bases militares da Síria na madrugada desta terça-feira, 10, segundo contagem feita pela agência de notícias Reuters. Segundo o exército israelense, seu objetivo é impedir que armas e equipamentos bélicos caiam nas mãos dos rebeldes que destituíram o governo ditatorial de Bashar al-Assad. Tel Aviv negou, porém, que seus soldados tenham invadido o território sírio, se mantendo em uma zona de proteção na fronteira entre os dois países.

A Força Aérea Israelense realizou mais de 300 ataques aéreos na Síria desde o colapso do regime no domingo 8, mas fontes da segurança síria disseram à Reuters que esses foram os mais pesados até agora. Instalações militares e bases aéreas foram atingidas em todo o país, destruindo dezenas de helicópteros e jatos, bem como bens da Guarda Republicana em Damasco e arredores.

A Marinha israelense também realizou uma operação em grande escala nesta madrugada para destruir a frota naval do antigo regime na baía de Minet el-Beida e no porto de Latakia.

A agência de notícias AFP relatou que um centro de pesquisa do Ministério da Defesa foi completamente destruído. Países ocidentais, incluindo os Estados Unidos, atacaram a instalação em 2018, dizendo que ela tinha relação com a “infraestrutura de armas químicas” da Síria.

Queda de Assad

Israel iniciou os ataques pesados à Síria após uma ofensiva relâmpago de forças rebeldes locais derrubar, no domingo, o regime de Bashar al-Assad. Em duas semanas, a guerra civil que começou em 2011 – e que estava travada em um impasse há anos – acabou.

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Após a queda do regime, Tel Aviv já começou a destruir os depósitos e armazéns de armas do governo, para evitar que chegassem nas mãos de forças hostis a Israel. Muitos dos grupos rebeldes sírios são jihadistas (entendem que a luta violenta é necessária para instaurar a lei islâmica na terra) e alguns têm raízes na organização terrorista Al-Qaeda.

Invasão negada

Em paralelo, Israel negou acusações de que suas forças terrestres tinham ultrapassado uma zona-tampão nas Colinas de Golã, que as IDF tomaram no domingo. Ou seja, não invadiram a Síria. Além disso, o país enfatizou que o controle dessa área específica é uma medida temporária e defensiva.

“Relatos circulando em alguns meios de comunicação alegando que os soldados da IDF estão avançando ou se aproximando de Damasco são completamente incorretos”, escreveu o coronel Avichay Adraee, porta-voz da IDF em árabe, no X (antigo Twitter. “As tropas da IDF estão presentes dentro da zona de amortecimento e em posições defensivas perto da fronteira para proteger a fronteira israelense.”

O governo israelense afirmou que não se envolverá no conflito na Síria. Mesmo assim, Egito, Catar e Arábia Saudita condenaram a incursão na zona de amortecimento, criada em 1974. A Arábia Saudita disse que o movimento “arruinaria as chances da Síria de restaurar a segurança”.

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