Israel diz que destruirá casas de palestinos por trás de ataque terrorista em Jerusalém
Tel Aviv também vai revogar autorizações de trabalho para habitantes dos vilarejos onde viviam atiradores que mataram 6 na véspera
Israel anunciou nesta terça-feira, 9, que vai demolir as casas de dois palestinos que abriram fogo contra um ponto de ônibus em Jerusalém Oriental, na Cisjordânia, e revogará as autorizações de trabalho de 750 moradores dos vilarejos onde viviam os atiradores.
Os homens, das cidades de Qatanna e Qubeiba, ao norte de Jerusalém, na parte da Cisjordânia que é ocupada por Israel, mataram seis pessoas no atentado de segunda-feira 8. Em comunicado, o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, afirmou ter ordenado a imposição de sanções aos familiares dos agressores e aos moradores dos dois vilarejos.
Dissuasão x punição coletiva
Todas as estruturas construídas sem autorização nas duas cidades serão demolidas. A revogação das autorizações de trabalho em Israel deve afetar a população profundamente, uma vez que essa é a principal fonte de renda de muitas famílias palestinas.
Israel afirma que demolir as casas de parentes dos agressores e de seus vizinhos contribui para dissuadir futuros ataques. Palestinos e grupos de direitos humanos consideram a prática uma forma de punição coletiva, proibida pelo direito internacional.
Os dois atiradores foram mortos no local do ataque de segunda-feira. A polícia informou ter prendido um morador de Jerusalém Oriental sob suspeita de “ajudar os terroristas a chegarem” ponto de ônibus atacado e continua as buscas por todos os envolvidos no incidente.
O ministro da Segurança Nacional israelense, Itamar Ben Gvir, afirmou que, após o atentado, decidiu expandir a lista de comunidades onde israelenses têm direito a porte de armas.
“No terrível ataque, ficou mais uma vez provado que armas de fogo salvam vidas, quando dois civis armados, que haviam recebido armas sob a reforma que estamos liderando, neutralizaram os terroristas”, disse ele.
“Furacão” de ataques
O grupo terrorista Hamas elogiou os criminosos, a quem chamou de “combatentes da resistência”, mas não reivindicou a responsabilidade pelo atentado. A Jihad Islâmica Palestina, outro grupo terrorista que atua em Gaza, também celebrou o episódio, sem assumir a autoria.
Katz prometeu uma resposta dura ao episódio, dizendo que “um poderoso furacão atingirá os céus da cidade de Gaza”. Depois, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, foi ao local do ataque e disse que Israel está lutando uma “poderosa guerra contra o terror”, lançando um alerta para que os cidadãos da Cidade de Gaza deixem a área imediatamente. Nesta terça-feira, aviões israelenses lançaram panfletos sobre a cidade ordenando a retirada da população, antecipando a invasão e ocupação do território.
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