Israel aprova acordo com o Hamas de cessar-fogo e libertação de reféns
Segundo o governo israelense, o plano prevê a liberação de cinquenta pessoas, entre mulheres e crianças, em trégua de quatro dias
O governo de Israel aprovou na noite desta terça-feira (madrugada de quarta em Israel) um acordo com o Hamas para um cessar-fogo temporário para a libertação de reféns tomados pelo grupo palestino em 7 de outubro.
Segundo comunicado do governo de Israel, serão soltos cinquenta reféns, entre mulheres e crianças, ao longo de quatro dias. O gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, afirma ainda que a trégua pode ser prorrogada em um dia a cada grupo de dez reféns liberados pelo Hamas.
A declaração também reafirma o que o premiê disse mais cedo, ao enfatizar que a pausa no conflito não indica o fim da guerra: “O governo de Israel, as Forças de Defesa de Israel e os serviços de segurança continuarão a guerra para trazer de volta todos os reféns, eliminar o Hamas e garantir que não haverá nova ameaça ao Estado de Israel de Gaza”.
O Hamas também divulgou uma nota confirmando o acordo e afirmou que ele prevê a libertação de 150 mulheres e crianças palestinas mantidas em prisões israelenses.
Segundo um oficial israelense ouvido pelo jornal Haaretz, o Hamas deve soltar trinta crianças, oito mães e mais doze mulheres. Todas as forças de segurança de Israel aprovaram o plano. O jornal Times of Israel afirma que o acordo prevê a liberação de doze a treze reféns por dia.
Mais cedo, o primeiro-ministro israelense prometeu que um cessar-fogo temporário para libertar reféns não significaria o fim da guerra. “Há conversas absurdas lá fora de que depois da libertação de nossos raptados iremos parar a guerra”, disse Netanyahu.
“Então quero deixar claro: Estamos em guerra, vamos continuar em guerra, vamos continuar em guerra até alcançar nossos objetivos. Vamos destruir o Hamas, vamos trazer de volta nossos raptados e desaparecidos e vamos garantir que em Gaza não haja ninguém que seja uma ameaça a Israel”.
A reunião começou por volta das 15h de Brasília. Antes da reunião, houve um encontro do gabinete de guerra e do gabinete de segurança para a aprovação preliminar da decisão.