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Israel afirma que hospitais ‘não são alvo’ e culpa terroristas pelo ataque

Forças israelenses acusam Jihad Islâmica de atingir hospital Al Ahli com foguete; Ministério da Saúde palestino diz que 500 pessoas morreram no bombardeio

Por Da Redação
Atualizado em 17 out 2023, 17h44 - Publicado em 17 out 2023, 16h51

As Forças de Defesa de Israel (FDI) se pronunciaram nesta terça-feira, 17, após o Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, afirmar que 500 pessoas morreram em um ataque ao hospital Al Ahli, na Faixa de Gaza. As defesas israelenses afirmaram que hospitais “não são alvos” e acusaram o grupo aliado ao Hamas, a Jihad Islâmica Palestina, pelo disparo que causou a explosão mortal.

Um porta-voz das FDI disse que a Jihad Islâmica, que atua ao lado do Hamas na guerra contra Israel, teria efetuado disparos de foguetes contra o território israelense e que um deles teria atingido o hospital.

“Segundo informações da inteligência, serviços secretos e de várias fontes que temos, a organização terrorista Jihad Islâmica é responsável pelo disparo frustrado que atingiu o hospital”, informou o Estado de Israel na plataforma X, antigo Twitter.

Em comunicado, as defesas israelenses afirmaram que “uma análise dos sistemas operacionais das FDI indica que uma barragem de foguetes foi disparada por terroristas em Gaza, passando nas proximidades do hospital Al Ahli em Gaza no momento em que foi atingido”.

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Anteriormente, Israel havia comunicado que “um hospital é um edifício altamente sensível e não é um alvo das FDI”, e pediu “cautela ao relatar alegações não verificadas de uma organização terrorista”.

Ainda não há um consenso sobre o número de mortos no ataque ao hospital. O Ministério da Saúde, depois de inicialmente falar em 200 vítimas, afirmou que são 500 mortos. Já um porta-voz da Defesa Civil afirmou que são 300. Ambos os órgãos são controlados por Hamas, que domina a Faixa de Gaza.

Se confirmados o número de 500 mortes e a autoria israelense, o bombardeio ao hospital Ahli Arab será o ataque aéreo de Israel mais mortal em todas as cinco guerras travadas desde 2008. De acordo com as Convenções de Genebra, ataques a hospitais são considerados crimes de guerra.

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O Ministério da Saúde palestino afirmou que “o hospital abrigava centenas de doentes e feridos, e pessoas deslocadas à força de suas casas”, acrescentando inclusive que se tratava de um crime de guerra, já que ataques propositais a edifícios civis são proibidos pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).

+ Escola que abrigava 4 mil pessoas em Gaza foi atingida por Israel, diz ONU

Em resposta ao bombardeio, centenas de palestinos foram às ruas das cidades de Nablus, Tulkarem e Jenin, na Cisjordânia, para protestar contra o incidente.

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A destruição do hospital aumenta a pressão sobre o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, um dia antes da sua viagem a Tel Aviv. O democrata tem demonstrado apoio ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, desde o início da guerra, em 7 de outubro.

“Estou confiante de que Israel agirá de acordo com as regras da guerra”, disse Biden em entrevista à emissora americana CNN, no domingo 15. “Existem padrões que as instituições democráticas e os países seguem. E, por isso, estou confiante de que os inocentes em Gaza terão possibilidade de ter acesso a medicamentos, alimentos e água.”

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